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Bairros mais ricos do RJ terão aumento menor que os mais pobres na conta de água

Reajuste chega a 14,28% em regiões mais pobres. Na área com mais poder aquisitivo, aumento é de 9,83%
27/12/2024 | 05h00

A conta de água no estado do Rio vai aumentar a partir de 2025. O reajuste autorizado pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa), órgão do Governo do Estadual, já está valendo desde o primeiro dia de dezembro deste ano.

O menor índice autorizado foi de 9,83%, para os consumidores da Zona Sul da capital, região com maior poder aquisitivo. Esse valor representa mais que o dobro da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 4,87% nos últimos 12 meses.

O maior percentual, de 14,28%, será pago pelos moradores de municípios da Baixada Fluminense e da Zona Oeste da cidade, regiões mais periféricas em relação ao grande centro turístico do Rio de Janeiro.

Bairros do Centro e da Zona Norte do Rio, além de outros oito municípios da Baixada Fluminense, terão aumento de 12,77%. Na região da Barra e Jacarepaguá, também na capital, além de Paty do Alferes e Miguel Pereira, no centro-sul do estado fluminense, o reajuste vai ser de mais 11,49%.

água

Reajuste na conta de água foi anunciado pelo governador do RJ

O reajuste vem justamente quando diversos bairros do Rio de Janeiro e parte da Região Metropolitana estão sofrendo com a falta d’água. Recentemente, alguns locais ficaram sem abastecimento por mais de 10 dias.

Presidente da Comissão de Saneamento Ambiental na Alerj, o deputado estadual Jari Oliveira (PSB) entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para reverter o aumento. A ação questiona os cálculos utilizados para a concessão do reajuste tarifário.

O reajuste foi anunciado após o governador Cláudio Castro (PL) assinar um termo de conciliação com a concessionária Águas do Rio, no qual prevê aumentos na tarifa para compensar possíveis erros no edital de licitação do serviço.

Em 2021, o serviço da Cedae foi concedido à iniciativa privada por 35 anos. A estatal fluminense foi fatiada em quatro blocos compostos, ao todo, por 35 municípios do Rio de Janeiro. A empresa pública manteve apenas o serviço de produção de água.

 

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