Após nove semanas consecutivas prevendo alta da inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), o mercado financeiro aliviou a projeção do indicador, reduzindo de 4,02% para 4,00% a previsão para este ano. É o que mostra o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta manhã de segunda-feira (15).
Entretanto, para 2025 os 150 agentes consultados para o relatório subiram levemente a projeção, de 3,88% para 3,90%.
Ainda assim, o indicador fica abaixo do teto da meta estipulada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). O centro da meta do IPCA para este e para o próximo ano é de 3,00%. Mas a inflação será considerada cumprida se oscilar 1,5 ponto percentual para mais (4,5%) ou para menos (1,5%).
Lembrando que o governo federal publicou decreto em junho instituindo alterações no sistema de meta de inflação. A partir de 2025, valerá a meta contínua, sem vinculação ao ano-calendário (janeiro a dezembro de cada ano) que existe desde 1999.
Pelo texto, o Banco Central descumprirá a meta caso a inflação fique fora do teto do alvo por seis meses consecutivos. Anteriormente, o cumprimento ou descumprimento da meta de um ano era avaliado somente no início de janeiro do ano seguinte, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a inflação de janeiro a dezembro.
Já para 2026, a expectativa de inflação seguiu em 3,60%, mesmo patamar e movimento das semanas anteriores.
Para o PIB (Produto Interno Bruto), a previsão mediana dos economistas em 2024 voltou a subir levemente, assim como na semana passada. A projeção do crescimento da economia para este ano passou de 2,10% para 2,11%.
Para 2025, as expectativas ficaram no mesmo patamar após caírem na semana anterior. A previsão é de um crescimento de 1,97%. Para 2026, a expectativa é de um PIB de 2%, assim como nos últimos relatórios.
Veja outras previsões do Boletim Focus divulgado nesta 2ª feira
Selic: para a taxa básica de juros deste ano, a mediana das expectativas ficou no mesmo patamar, assim como nas semanas anteriores. A projeção ficou em 10,50% no fim de 2024. Para 2025, também foi mantida em 9,50% e, em 2026, permaneceu em 9% como nas semanas anteriores.
Dólar: a projeção para a moeda norte-americana voltou a subir após ficar no mesmo patamar na semana passada. A expectativa para a divisa ao fim de 2024 saiu de R$ 5,20 pra R$ 5,22. Já as previsões para 2025 e 2026 seguiram no mesmo patamar, em R$ 5,20 para ambos os períodos.
Balança comercial: o superávit da balança comercial (exportações menos importações) permaneceu em US$ 82 bilhões este ano, mas subiu de US$ 76,02 bilhões para US$ 76,30 bilhões em 2025, e de US$ 77,32 bilhões para US$ 77,82 bilhões em 2026.
Investimento estrangeiro: já a previsão de ingresso de investimento estrangeiro direto permaneceu em US$ 70 bilhões em 2024; em US$ 74 bilhões em 2025; e em US$ 80 bilhões em 2026.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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