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A despeito da desaceleração do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre, o mercado financeiro elevou de 2,81% para 3,05% a previsão de crescimento econômico este ano, conforme aponta o Boletim Focus do Banco Central, divulgado nesta manhã de segunda-feira (5).

O PIB do terceiro trimestre cresceu apenas 0,4%, quando o mercado esperava um crescimento de ao menos 0,7%. Isso comprova que tudo o que foi feito até aqui pelo atual mandatário e sua equipe econômica não passou de um conjunto de medidas eleitoreiras, com efeito apenas no curto prazo, e que não trazem nenhuma sustentabilidade ao crescimento econômico brasileiro. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na quinta-feira passada (1º).

Mesmo mostrando que, depois de 12 meses de aceleração, a economia brasileira voltou a perder força no terceiro trimestre, segundo Boletim Focus, voltando ao que na economia se chama de “voo de galinha”, uma analogia aos saltos curtos e desordenados dessa ave, os agentes financeiros ouvidos para o Boletim Focus elevaram as projeções pois, ainda que o resultado tenha sido menor, foi a quinta alta seguida do PIB trimestral.

Para 2023, os agentes também elevaram a previsão de crescimento da economia brasileira, de 0,70% para 0,75%. Enquanto isso, nas diretrizes do Orçamento de 2023 encaminhado ao Congresso em agosto passado, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% no ano que vem.

Por outro lado, Boletim Focus mostra que previsão do mercado para a inflação tem leve alta para 5,92%

Já a previsão de inflação para este ano também teve uma leve alta nas projeções do mercado financeiro, de acordo com Boletim Focus. Na avaliação dos agentes, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) vai fechar o ano em 5,92%, ante o 5,91% divulgados na semana passada. É a sexta alta seguida no indicador.

Para este ano, a meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O Banco Central vê chance grande de estouro da meta em 2022, assim como aconteceu no ano passado.

Já para 2023, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o Boletim Focus, a previsão para ano que vem subiu de 5,02% para 5,08%.

A taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, deve se manter nesse patamar até o fim de 2022, segundo prevê o mercado. Uma queda gradual da taxa só deve começar a partir do ano que vem, mas, ainda assim, os agentes elevaram a previsão da Selic de 11,50% para 11,75% ao ano no fechamento de 2023.

O dólar, por sua vez, teve sua cotação reduzida para o fim de 2022, de R$ 5,27 para R$ 5,25. Para 2023, ficou estável em R$ 5,25.

Já as previsões para o resultado da balança comercial (total de exportações menos as importações) permaneceu em US$ 55 bilhões de resultado positivo em 2022. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado subiu de US$ 56 bilhões para US$ 58,15 bilhões de superávit.

Por fim, a previsão de ingresso de investimento estrangeiro direto no Brasil neste ano caiu de US$ 80 bilhões para US$ 78 bilhões. Para 2023, a estimativa continuou em US$ 75 bilhões de ingresso.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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