O Boletim Focus do Banco Central, divulgado na manhã desta terça-feira (2), mostra que os mais de cem analistas consultados para a publicação elevaram, mais uma vez, a projeção de crescimento da economia brasileira deste ano, de 1,85% para 1,89%.
Essa foi a sétima vez que os agentes do mercado elevaram a projeção do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano. Já para 2025, o mercado manteve a previsão de alta do PIB em 2%.
No dia 28 de março, o Banco Central divulgou o seu Relatório Trimestral de Inflação (RIT), no qual elevou de 1,7% para 1,9% a projeção de crescimento do PIB este ano.
Segundo o BC, “a revisão reflete, principalmente, dinamismo ligeiramente maior do que o esperado da atividade econômica no início do primeiro trimestre. Sob a ótica da oferta, esperam-se recuo da agropecuária, após alta expressiva em 2023, e crescimentos de magnitudes semelhantes entre si e não muito distantes dos ocorridos em 2023, para indústria e serviços”.
Em relação à inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), os analistas da instituições financeiras mantiveram as estimativas para 2024 e 2025 estáveis em, respectivamente, 3,75% e 3,51%.
Nos dois casos, as projeções mantêm-se abaixo do teto da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
A meta central de inflação é de 3% neste ano e no próximo ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano.
Analistas mantêm previsão para a taxa Selic neste e no próximo ano, aponta Boletim Focus
Os economistas do mercado financeiro mantiveram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2025 e, respectivamente, 9% e 8,5% ao ano.
Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, após seis reduções seguidas promovidas pelo Banco Central.
Para o dólar, o mercado financeiro manteve a projeção em R$ 4,95 para este ano e em R$ 5 para o fim de 2025.
Em relação ao superávit da balança comercial (exportações menos as importações), a projeção dos analistas subiram de US$ 81,5 bilhões para US$ 82 bilhões em 2024, mas se manteve em US$ 74,6 bilhões em 2025.
Quanto ao ingresso de investimento estrangeiro direto, o mercado reduziu de US$ 65,5 bilhões para US$ 65 bilhões de ingresso este ano, mas manteve a de 2025 em US$ 73,1 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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