Os 150 analistas do mercado financeiro consultados para o Boletim Focus do Banco Central elevaram novamente a previsão de inflação para este e para o próximo ano e, também, a do dólar. As informações foram divulgadas na manhã desta segunda-feira (1º) pelo Banco Central.
Para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), os economistas consultados pelo BC elevaram a projeção para 2024 de 3,98% para 4%. As estimativas para 2025 subiram levemente de 3,85% para 3,87% e as de 2026 foram mantidas em 3,60%.
Ainda assim, os indicadores projetados ficam abaixo do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). O centro da meta, tanto para este como nos próximos dois anos, foi fixada em 3%, e será considerada cumprida se oscilar em 1,5 ponto percentual para mais (4,5%) ou para menos (1,5%).
No último dia 26, o governo federal publicou, em edição extra do Diário Oficial da União, o decreto que institui alterações no sistema de meta de inflação. A partir de 2025, valerá a meta contínua, sem vinculação ao ano-calendário (janeiro a dezembro de cada ano) que existe desde 1999.
Pelo texto, o Banco Central descumprirá a meta caso a inflação fique fora do teto do alvo por seis meses consecutivos. Anteriormente, o cumprimento ou descumprimento da meta de um ano era avaliado somente no início de janeiro do ano seguinte, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a inflação de janeiro a dezembro.
Conforme o decreto, a meta central e o intervalo de tolerância (banda para cima ou para baixo), dentro do qual será considerada cumprida, serão fixados pelo CMN, após proposta elaborada pelo ministro da Fazenda.
Boletim Focus: mercado reduz previsão do PIB para 2025 e mantém a da taxa Selic para este e os próximos dois anos
Os economistas seguem com a projeção de que a economia brasileira medida pelo PIB (Produto Interno Bruto) deve subir 2,09% em 2024. Já para 2025, a estimativa foi revisada de 2% para 1,98%, enquanto a para 2026 continuou em 2%.
Para a taxa básica de juros, a Selic, os economistas mantiveram a expectativa de 10,50% em 2024, enquanto a de 2025 continua em 9,50% e a de 2026, em 9%.
Em relação ao dólar, as apostas para 2024 subiram de R$ 5,15 para R$ 5,20, enquanto as de 2025 e 2026 foram elevadas de R$ 5,15 para R$ 5,19.
As projeções para a balança comercial brasileira voltaram a cair em 2024, passando de um superávit de US$ 81,78 bilhões para US$ 81,55 bilhões. O saldo positivo estimado para 2025, por sua vez, passou de US$ 76,01 bilhões para US$ 76,02 bilhões na semana. Para 2026, a projeção subiu de US$ 77,64 bilhões para US$ 77,82 bilhões, enquanto em 2027 avançou de US$ 77,0 bilhões para US$ 78,50 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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