Jair Bolsonaro é esperado às 14h30 desta terça-feira na Superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo para depor sobre um episódio de “importunação intencional” a uma baleia jubarte em visita à cidade de São Sebastião, no litoral paulista, em junho do ano passado.
Bolsonaro perturbou o animal ao se aproximar em um jetsky. O advogado e assessor de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, acompanhava o ex-presidente e também deve ser interrogado.
Segundo a procuradora Marília Soares Ferreira, do Ministério Público Federal (MPF), vídeos e fotos em redes sociais mostram o momento em que uma moto náutica chegou a apenas 15 metros da baleia, que estava na superfície. A suspeita dos investigadores é que o ex-presidente estava pilotando o veículo.
“Considerando que as imagens foram feitas a partir de outra embarcação e é possível identificar que há uma única pessoa na moto náutica, que está pilotando e gravando um vídeo no celular ao mesmo tempo. Atribui-se a identidade desta pessoa, supostamente, ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”, disse a procuradora, segundo o jornal O Globo.
Bolsonaro ironizou o fato de o MPF acompanhar o inquérito e fez um comentário gordofóbico contra o então ministro da Justiça, Flávio Dino:
“Todo dia tem uma maldade em cima de mim, a de ontem foi que estou perseguindo baleias. A única baleia que não gosta de mim na Esplanada é aquela que está no ministério, é aquela que diz que eu queria dar golpe, mas some com vídeos” disse Bolsonaro.
O depoimento do ex-presidente neste inquérito já foi adiado — inicialmente seria no dia 7 de fevereiro.
De acordo com a legislação brasileira, “molestar de forma intencional qualquer espécie de cetáceo” é uma infração administrativa contra o meio ambiente. “É vedado a embarcações aproximar-se de qualquer espécie de baleia com motor ligado a menos de 100 metros de distância do animal”, frisa uma portaria do Ibama.
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