Por Juliana Dal Piva e Igor Mello
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se inspirou na postura da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante o julgamento de seu impeachment no Senado para convencer Jair Bolsonaro a mudar seus planos e comparecer ao primeiro dia de julgamento da denúncia contra ele por tentativa de golpe em 2022.
No entanto, ele não compareceu na sala da Primeira Turma do STF no segundo dia, nesta quarta-feira (26), o momento no qual os ministros votaram pela abertura do processo criminal contra ele. Ou seja, na hora do julgamento ele não estava na sala para ouvir os ministros.

Dilma no julgamento do impeachment. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Dilma acompanhou toda a sessão que culminou em seu impeachment no Senado, em 2016. Sua postura foi considerada “altiva” até por seus críticos. Por isso, aliados convenceram Bolsonaro de que faltar à audiência geraria uma comparação negativa politicamente.
A coluna apurou com a defesa do ex-presidente que ele não planejava acompanhar in loco a discussão sobre a admissibilidade da denúncia contra ele e outros sete membros da cúpula do seu governo pela tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro mudou de ideia na última hora
Bolsonaro alterou seus planos de última hora. Prova disso é que ele estava vestido de forma casual no voo para Brasília, nesta terça. O ex-presidente teve que passar em seu escritório na sede do PL para trocar de roupa e vestir um terno, conforme apurou a coluna.
Bolsonaro chegou ao STF minutos antes do início da sessão. Ele se sentou na primeira fileira, ao lado de seus advogados.
Durante a sessão, o ex-presidente acompanhou a sessão sem demonstrar reações, mas em diversos momentos falou ao pé do ouvido com seus defensores.
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