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O ex-presidente Jair Bolsonaro realizou neste domingo (21) ato na praia de Copacabana em mais uma tentativa intimidar as autoridades brasileiras, em especial Supremo Tribunal Federal (STF) e Polícia Federal (PF), exibindo apoio popular e sinalizando que uma possível prisão sua teria custo político.

Se a ideia era fazer demonstração de popularidade, no entanto, o tiro pode ter saído pela culatra. As imagens aéreas mostram um público muito menor do que Bolsonaro reuniu no dia 7 de setembro de 2022, sua última manifestação em Copacabana.

Além disso, o jornal O Globo informa que o ato convocado para a Praia de Copacabana, na manhã deste domingo, contou com a presença de 32,7 mil pessoas. O cálculo é do grupo de pesquisa “Monitor do debate político”, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, coordenado por Pablo Ortellado e Márcio Moretto. A margem de erro é de 12%, para mais ou para menos.

Isso equivale a cerca de 18% dos 185 mil presentes na manifestação anterior organizada pelo bolsonarismo, em fevereiro, na Avenida Paulista, ou metade dos 65 mil que a USP estimou no ato de 7 de setembro de 2022, no mesmo local.

Veja fotos comparativas com a manifestação realizada anteriormente em Copacabana: :

Veja também a comparação em vídeo

 

A seguir, alguns momentos da manifestação bolsonarista:

12h01 — Bolsonaro abre o discurso exaltando Elon Musk em Copacabana

Por Berenice Seara — Tempo Real RJ

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu o seu discurso, na manifestação de Copacabana, exaltando o empresário Elon Musk, que vem chamando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de ditador devido a decisões de bloqueio de perfil no X (ex-Twitter).

A bandeira de defesa de Musk já tinha sido levantada pelos deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), e deu o tom do ato politico deste domingo (21).

“Acusam agora, o homem mais rico do mundo, que preserva a liberdade de todos nós”, disse o ex-presidente, pedindo, em seguida, uma salva de palmas para ele. “O que eles querem é a censura, sem liberdade de expressão”, completou.

Com um celular na mão, Bolsonaro destacou a importância das redes sociais.

“Com um telefone desses e com meu filho como marqueteiro (referindo-se a Carlos Bolsonaro) chegamos à presidência da República”, disse.

12h00 — Memes nas redes sociais dizem que ato bolsonarista “flopou”

11h50 — Bolsonaro admite que Lula é mais competente?

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11h 49 — Um outro ponto de observação do ato bolsonarista

11h48 — João Cezar de Castro Rocha foi ao ato

“Copacabana, rua Bolívar, esquina do palanque: Bolsonaro discursa. Seria delírio afirmar que “flopou”, mas delírio maior será considerar a manifestação um êxito. Estou na esquina: avaliem o tamanho da manifestação. Bolsonaro, com medo claro, até agora só fala dos acertos do seu governo. Para empolgar a militância, terá de atacar o STF. Terá coragem?”

11h33 — Malafaia canta o Hino da Independência ao lado de Bolsonaro

Ao lado de Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia, contumaz disseminador de fake news e ofensas ao Supremo Tribunal Federal, diz ao ex-presidente: “Tu é o cara. Não tenha medo dos seus inimigos. Vai chegar a hora de deus te honrar. Nós vamos ver essa gente ruim cair! Deus abençoe o Brasil, Deus abençoe você e sua família, Deus abençoe Jair Messias Bolsonaro!”.

Em seguida, Malafaia puxa o Hino da Independência, que tem no refrão o trecho “Ou ficar a pátria livre, ou morrer pelo Brasil”.

Após o hino, Malafaia deu um grito histriônico: “Liberdade”, que teve o efeito sonoro de um eco e fundo musical dramático, como acontece em seus programas televisivos.

11h25 — Imagem aérea da manifestação em Copacabana

11h09 — Nikolas Ferreira e a grande bobagem do dia:

11h01 — Discursos vão da minuta do golpe à importância da testosterona

Por Berenice SearaTempo Real RJ

Como de hábito, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro subiu ao trio número um da manifestação em Copacabana com ares de pop star. Em seu discurso, conclamou os manifestantes a manterem-se unidos e a exigirem “os nossos direitos”.

“Nosso povo não merece ser sacrificado. Vocês estão aqui porque acreditam que o Brasil vai vencer. Precisamos estar unidos. Não estamos aqui por um valor, estamos aqui por princípios e valores. Precisamos nos posicionar e exigir nossos direitos”, disse, sendo ovacionada.

O deputado federal Nikolas Ferreira (MG) falou em seguida, e disse que o país não precisa de projetos de lei nem de emendas parlamentares.

“Mas de homens com testosterona”, afirmou.

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e organizador do ato, assumiu a existência da famosa “minuta do golpe”. E justificou;

“O presidente apresentou uma ideia a ser avaliada pelos generais”, disse o pastor, que fez um discurso marcado pela costumeira veemência.

 

10h46 — Bolsonaro chega acompanhado de Cláudio Castro

 

Por Berenice SearaTempo Real RJ

Jair Bolsonaro (PL) chegou há poucos minutos na manifestação de Copacabana. Para os bolsonaristas que sempre olham com desconfiança para o governador do Rio, um recado: o ex-presidente estava acompanhado de Cláudio Castro.

Enquanto Bolsonaro atravessava o mar de manifestantes, os convidados VIPs seguiam no carro de som. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) fez parte do seu discurso em inglês. E justificou: “é pro Elon Musk que está nos assistindo”.

O fechamento as pistas, que ocorre todos os domingos, foi antecipado em três horas. Além dos manifestantes, a orla virou o ponto dos ambulantes, que vendem de bandeiras do Brasil a bonés, camisas e chaveiros com o rosto de Bolsonaro impresso.

A camisa amarela da seleção brasileira, como sempre, também não faltou. Nem a bandeira estampado nas cangas montadas pelos camelôs no calçadão, na areia e na pista.

 

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