Por Anna Satie e Laila Nery
(Folhapress) — O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Valdemar Costa Neto assistiram juntos à missa de sétimo dia de Leila Caran Costa, mãe do presidente do PL, na segunda-feira (9) em Mogi das Cruzes (61 km de São Paulo).
O encontro ocorreu após liberação “em caráter excepcional” do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, já que ambos estão proibidos desde fevereiro de ter contato devido ao inquérito da trama golpista.
O magistrado havia autorizado, na última semana, o ex-mandatário a ir ao velório e ao enterro, mas ele decidiu não comparecer. A liberação ocorreu no dia da morte de Leila, na última terça-feira (3). Segundo Bolsonaro, não seria possível chegar a Mogi a tempo para o enterro.
Bolsonaro prometeu não falar sobre investigações
No pedido, Bolsonaro se comprometeu a “não manter quaisquer conversas sobre as investigações em curso” com Valdemar. Moraes autorizou o encontro com a condição de que o compromisso seja cumprido.
Eles assistiram à missa na mesma fileira. Bolsonaro e Valdemar estavam ao lado do presidente da Assembleia de São Paulo, André do Prado, do deputado estadual paulista Lucas Bove e do coronel Mello Araújo, vice-prefeito eleito de São Paulo.
O chefe do PL agradeceu a presença do ex-presidente e dos demais em rápida fala no púlpito. Já o capitão reformado do Exército não falou.
Os dois estão proibidos de manter contato desde 8 de fevereiro, quando começaram a ser investigados por suposta tentativa de golpe de Estado. Ambos foram indiciados pela Polícia Federal no último dia 21.
Nas paredes externas da igreja onde ocorreu a missa de sétimo dia, manifestantes colaram cartazes contra a presença de Bolsonaro na cidade. “Golpistas não são bem-vindos em Mogi” e “prisão para Bolsonaro e generais golpistas” eram alguns dos escritos exibidos.
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