Por Metsul.com
O Brasil será um dos lugares mais quentes do mundo neste fim de semana, de acordo com dados de modelos numéricos de previsão do tempo. Poucos lugares do planeta terão temperaturas tão ou mais altas quanto as previstas para uma extensa área do território nacional no sábado e, especialmente, no domingo que deve ser o dia mais quente do fim de semana em muitos estados.
Ontem, quinta, conforme a rede do Instituto Nacional de Meteorologia, a temperatura atingiu 40,9ºC no Maranhão (Balsas), 40,7ºC no Mato Grosso do Sul (Água Clara), 40,5ºC em Goiás (Goiás), 40,5ºC no Mato Grosso (Cuiabá), 39,9ºC em Tocantins (Araguaçu), 39,8ºC no Piauí (Campo Maior), 39,0ºC em São Paulo (Valparaíso), 38,3ºC no Pará (Santana do Araguaia), e 38,0ºC em Minas Gerais (Ituiutaba).
A tendência, porém, é de marcas mais elevadas na tarde desta sexta-feira e ainda mais altas durante o fim de semana. Modelos numéricos indicam que o calor em grande parte do Brasil será mais intenso no domingo que no sábado, com máximas que vão passar dos 40ºC em enorme número de cidades de diversos estados. Conforme as projeções dos modelos, na Região Sul, a temperatura neste fim de semana poderá ficar ao redor dos 40ºC no Noroeste do Rio Grande do Sul e no Oeste de Santa Catarina, e entre 40ºC e 42ºC no Oeste, Noroeste e Norte do estado do Paraná, não se afastando marcas isoladas superiores.
No Centro-Oeste do Brasil, o fim de semana deve ter máximas de até 42ºC a 44ºC no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, mas há modelos indicando até marcas de 45ºC a 46ºC isoladamente nestes dois estados e de 45ºC a 47ºC no Paraguai, projeção que se observa com cautela pelos valores serem muitos extremos e distantes dos picos máximos da climatologia histórica. Em Goiás, as máximas no fim de semana, sobretudo no domingo, podem atingir 40ºC a 42ºC com pontos isolados atingindo até 43ºC.
No Norte, máximas de 41ºC a 43ºC podem ocorrer no Tocantins. A temperatura poderá atingir ainda 40ºC a 42ºC com marcas isoladas superiores em Rondônia, parte do estado do Amazonas e parte Sul do Pará. Na região Nordeste, marcas perto ou ao redor de 40ºC poderão ser observadas no Maranhão e no Piauí.
Na Região Sudeste, o pior do calor neste fim de semana vai ocorrer no interior de São Paulo e no Oeste de Minas, embora a temperatura muito alta em outras áreas da região. Cidades do interior paulista, principalmente do Centro para o Oeste e o Norte do estado, devem ter máximas de 40ºC a 42ºC com possibilidade de registros isolados ao redor ou acima de 43ºC. Trata-se da mesma tendência para cidades mais a Oeste do Triângulo Mineiro, o que exclui Uberlândia que terá máximas perto 40ºC.
A cidade de São Paulo, como a maior do país, merece destaque. As máximas na capital paulista devem ficar entre 33ºC e 35ºC no sábado e 36ºC a 38ºC no domingo, logo não se pode afastar a queda de recordes. O dia mais quente já registrado oficialmente na cidade de São Paulo em setembro desde o começo dos dados em 1943 na estação do Mirante de Santana foi de 37,1ºC, em 30 de setembro de 2020. Trata-se da segunda maior máxima da série histórica, só atrás dos 37,8 ºC de 17 de outubro de 2014.
A tendência, assim, é que as máximas no fim de semana no Brasil se situem entre as mais altas do mundo, aproximando-se ou superando valores extremos que são previstos para áreas de deserto do Norte da África, Península Arábica e países em torno do Golfo Pérsico.
Iraque, Irã e Arábia Saudita anotaram ontem máximas de 44ºC a 45ºC, e no fim de semana devem seguir entre 43ºC e 45ºC, máximas semelhantes às previstas para alguns pontos do Paraguai, Norte da Argentina, Bolívia e do Centro do Brasil.
Notável observar que, embora o calor extraordinário previsto para este fim de semana, os dados indicam que o calor será ainda mais intenso no Sudeste do Brasil entre segunda e quarta-feira da semana que vem com máximas espantosamente altas comparadas à climatologia histórica. A ponto de ser possível que a temperatura na terça na cidade de São Paulo e em Belo Horizonte se aproxime o fique em torno ds 40ºC, o que seria recorde não apenas para setembro, mas para toda a série histórica, logo excepcional.
Deixe um comentário