A atuação das facções criminosas e das igrejas tem se refletido diretamente na política atual do Brasil. Em entrevista ao videocast Em Detalhes, do ICL, o jornalista e escritor Bruno Paes Manso abordou como o crime e a religião têm influenciado a sociedade brasileira até mesmo nas eleições das últimas décadas.
Autor de ‘A Fé e o Fuzil: Crime e Religião no Brasil do Século XXI’, entre outras obras, Manso lembrou que a chegada à Presidência de Jair Bolsonaro, por exemplo, foi embalada pelo discurso de guerra, de luta do bem contra o mal, com o “Brasil acima de todos e Deus acima de tudo”. “Precisamos dar um mergulho no passado para entender a atualidade”, disse.
Segundo Manso, a partir dos anos de 1980, com o crescimento das igrejas evangélicas, houve uma mudança no comportamento do eleitorado brasileiro. No entanto, a Constituição Federal deve ser respeitada.
“As leis, nas quais, muitas vezes, eles acreditam a partir das suas fé e crenças, não podem estar acima da Constituição. Ela é um pacto coletivo, republicano do Estado moderno, que garante e preserva o direito de todos. É necessário compreender as matizes ideológicas e se aproximar em consensos mais construtivos“, adverte Manso.
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