Por Giovanna Ribeiro — Tempo Real
Na semana em que se celebra o Dia das Mães, os vereadores da Câmara do Rio aprovaram um projeto de lei que relembra um tipo de “maternidade”… alternativa. O Dia da Cegonha Reborn, que poderá entrar para o calendário oficial da cidade, é uma homenagem às artesãs responsáveis por confeccionar os chamados bebês reborn, bonecos hiper-realistas de recém-nascidos, criados com riqueza de detalhes — e que contam com muitos adeptos.
De autoria do vereador Vitor Hugo (MDB), o projeto foi aprovado em segunda discussão em sessão nesta quarta-feira (07) e segue para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes (PSD).
A proposta reconhece a atuação de profissionais responsáveis pela concepção dos bonecos, posteriormente “adotados”. Conhecidas como “cegonhas”, as profissionais utilizam como base fotografias ou descrições idealizadas de bebês reais.
Conforme defende o texto, mais do que simples peças de coleção, os bebês reborn têm sido usados como ferramenta terapêutica em casos de luto parental, traumas e até como forma de companhia emocional.

Vereador Vitor Hugo
“Os reborns são bebês extremamente realistas, fabricados artesanalmente por ‘cegonhas’, ou seja, artesãs que se utilizam de técnicas para simular traços reais de vida nos reborns, geralmente tendo por base a descrição da idealização de um bebê recém-nascido ou a fotografia de um filho”, diz o PL.
Na proposta, é abordado que essa mania não serve apenas para a diversão, uma vez que há relatos de casos em que são usadas como terapia por psicólogos.
Segundo o projeto, alguns psicólogos já relatam o uso dos bonecos em contextos clínicos, especialmente em processos de recomposição emocional após a perda de um recém-nascido.
O projeto de lei também menciona a “Cegonha Reborn”, instituição formada por artesãs e entusiastas do universo. O grupo se organizou em 2022, em um encontro na Estrada do Portela, Zona Norte.
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