A coluna apurou que a Polícia Federal não irá marcar um novo depoimento para que o coronel Marcelo Câmara preste esclarecimentos no inquérito que apura a tentativa de golpe de estado durante o fim do governo de Jair Bolsonaro.
No entendimento dos investigadores, não há razão, nesse momento, para uma nova convocação. Um dos investigadores confirmou a alegação do advogado Luiz Eduardo Kuntz de que o defensor acompanhava outro depoimento. No entanto, na PF, foi informado que Câmara possui outros advogados cadastrados no processo, mas, mesmo assim, “nenhum compareceu”.
Na manhã desta sexta-feira o advogado Luiz Eduardo Kuntz, que atua na defesa do coronel Marcelo Câmara, informou a coluna por nota que ele não teve oportunidade de responder às perguntas, pois “a autoridade policial disse que não tinha tempo de aguardar o encerramento do depoimento de Tércio Arnaud”. Tércio também é defendido por Kuntz que acompanhava seu depoimento.
Em razão disso, Câmara fez uso do direito ao silêncio. Ele, porém, tinha intenção de responder às perguntas. “Foi coagido a usar do silêncio, sem a presença de sua defesa técnica. Algo totalmente novo, reprovável e que não se pode admitir em um Estado Democrático e de Direito”, afirmou o advogado, por nota. A defesa peticionou para o ministro Alexandre de Moraes, no STF, informando sobre o ocorrido.
A defesa de Câmara gostaria de um novo dia para que ele possa depor. A vice-presidente da comissão de Prerrogativas da OAB/ SP, Dra. Claudia Bernasconi, foi acionada e designará uma comissão para cuidar do caso e verificar todas as questões que estão sendo violadas.
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