O cessar-fogo acordado entre Israel e o grupo libanês Hezbollah entrou em vigor na madrugada de quarta-feira (27), às 4h no horário local de Beirute (23h da terça-feira, 26, no horário de Brasília). O gabinete de segurança de Israel aprovou durante a proposta elaborada por Estados Unidos e França para suspender as hostilidades por 60 dias.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que se declarou favorável ao acordo, afirmou que o país responderá se o Hezbollah o descumprir os termos do acordo.
Em discurso na Casa Branca, o presidente norte-americano Joe Biden defendeu o direito de Israel de defender caso o Hezbollah violar qualquer uma das regras do acordo de cessar-fogo. Previsto para durar 60 dias, os termos foram elaborados com base na Resolução 1701 da ONU.
A partir do cessar-fogo, cresce a expectativa de que os conflitos cheguem a novos acordos de suspensão do conflito. O governo norte-americano também considera que essa trégua sirva para pressionar o fim da Guerra em Gaza e os ataques de Israel à Palestina.
Outras frentes de Israel no Oriente Médio
Israel iniciou ataques aéreos e terrestres contra o Líbano no final de setembro, com o objetivo de enfraquecer o grupo Hezbollah. Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, fazendo com que mais de um milhão de pessoas deixassem suas casas para fugir da guerra. O conflito entre já deixou dezenas de mortos no território libanês.
Com os ataques israelenses ao Líbano, cresceu o temor de que a Guerra em Gaza se tornasse um conflito de proporções maiores no Oriente Médio, a pretexto de combater os grupos radicais financiados pelo Irã — Hamas (na Palestina), Hezbollah (no Líbano) e a Jihad Islâmica.
A Guerra em Gaza, iniciada em outubro de 2023, já fez mais de 43 mil mortes no território palestino e destruiu praticamente todos os prédios no país.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, ainda não evoluíram para a situação de guerra. O Exército de Israel também tem feito bombardeios em alvos de grupos aliados ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.
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