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Internacional

Chefe de agência da ONU é impedido por Israel de entrar na Faixa de Gaza

Philippe Lazzarini diz que entrada foi negada por "autoridades israelenses". Proibição dificulta ajuda humanitária
18/03/2024 | 06h00

O chefe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Philippe Lazzarini, afirmou nesta segunda-feira (18) que foi impedido de entrar em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Segundo ele, a entrada foi negada por “autoridades israelenses”.

Lazzarini disse que “pretendia ir a Rafah hoje (18), mas foi informado que a minha entrada tinha sido recusada”. A denúncia do chefe da UNRWA foi feita durante uma conferência com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shoukry.

Na rede social X, Lazzarini escreveu que sua entrada foi negada pelas “autoridades israelenses”. Desde o início dos conflitos entre Israel e o Hamas, em 7 de outubro, o chefe da UNRWA já esteve em Gaza quatro vezes.

No dia em que foram divulgados novos dados sobre a fome em Gaza, as autoridades israelenses negaram a minha entrada”, escreveu Lazzarini no X, acrescentando que visita tinha como objetivo melhorar as operações de ajuda humanitárias.

De acordo com a agência de notícias AFP, o porta-voz do governo israelense, Avi Hyman, reiterou nesta segunda-feira o que chamou de posição de Israel, de que “a UNRWA é uma fachada para o Hamas”.

Agência

Criada em 1949, a UNRWA coordena quase toda a ajuda à Faixa de Gaza. No entanto, a agência foi acusada por Israel de manter, entre os cerca de 13 mil funcionários na região, 12 pessoas que teriam colaborado com os ataques Hamas em 7 de Outubro.

Após a denúncia, diversos países doadores da agência, incluindo os Estados Unidos, suspenderam o financiamento à UNRWA.

Com mais 13 mil funcionários em Gaza, agência tem enfrentado dificuldades de enviar ajuda humanitária (Foto: UNRWA)

Fome e destruição

Philippe Lazzarini também afirmou que a ONU paga um “preço enorme em Gaza”. Segundo ele, “mais de 150 das nossas instalações foram completamente destruídas”.

“E vários de nossos funcionários foram presos e sofreram maus-tratos e humilhações durante a investigação”, disse Lazzarini.

Lazzarini também criticou Israel por dificultar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o que tem contribuído para o avanço da fome na região.

“Estamos envolvidos numa corrida contra o relógio para tentar reverter o impacto da fome crescente e da fome iminente na Faixa de Gaza”, afirmou..

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