O tenente-coronel Mauro Cid implicou o general Walter Braga Netto, ministro e candidato a vice de Jair Bolsonaro, no plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro confirmou o envolvimento de Braga Netto em audiência com Moraes. A Polícia Federal havia pedido a rescisão do acordo de colaboração premiada do tenente, após descobrir que ele havia omitido informações sobre a trama para os assassinatos.
A PF já havia descoberto que a reunião para dar início ao plano dos assassinatos havia sido realizada na casa de Braga Netto, em novembro de 2022. O tenente participou do encontro.
Também estiveram presentes parte dos militares com formação em Operações Especiais, conhecidos como Kids Pretos.
Eles foram os responsáveis por colocar em prática o plano. A PF constatou que um grupo de ao menos seis militares chegaram a se posicionar em diversos pontos de Brasília para capturar Moraes em 15 de dezembro de 2022.
Benefícios de Cid foram mantidos
Depois da audiência, Alexandre de Moraes decidiu contrariar o pedido da Polícia Federal e manteve os benefícios da colaboração premiada de Mauro Cid.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi preso duas vezes em inquéritos da PF, mas está em liberdade desde maio.
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