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Com alta da gasolina, encher o tanque representa quase um quarto do salário mínimo

Aumento no custo da gasolina comum está relacionado com os impactos da guerra no leste europeu, entre Ucrânia e Rússia, e com a política de preços defendida pelo governo Bolsonaro
03/05/2022 | 19h01

Encher o tanque do carro no Brasil ficou R$ 30 mais caro, quando comparado com o início de 2022. O litro do combustível saltou de R$ 6,596 para R$ 7,283 no período entre 2 de janeiro e 30 de abril, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) . A alta do preço da gasolina comum foi de cerca 10% para os brasileiros.

Analisando um período de 12 meses, o valor mais que triplica: um adicional de R$ 100 para abastecer o automóvel, a cada parada no posto de combustível.

Um tanque cheio representa quase um quarto do salário mínimo hoje em dia. O cálculo considerou um carro popular, que comporta 40 litros de gasolina.

O aumento do preço do petróleo no mundo tem como uma das causas o conflito entre Rússia e Ucrânia, que tem prejudicado a economia de todos os países, principalmente, aqueles mais dependentes do insumo, como é o caso do Brasil.

A Rússia, que faz parte do confronto, é uma das maiores distribuidoras de petróleo no mundo, e o país sofreu muita sanção nas últimas semanas. Isso gera um choque de oferta mundial.

Também os altos custos da gasolina têm relação com a paridade internacional do petróleo, com o nivelamento do preço do insumo no Brasil com a commodity no exterior. O governo Bolsonaro não apenas defende, mas segue essa política de preços, que serve somente para aumentar a taxa de lucro da Petrobras, que repassa altas fatias de dividendos aos seus acionistas, muitos deles estrangeiros.

Com informações das agências de notícias

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