Frente às novas sanções econômicas mais rígidas aprovadas pelos países da União Europeia (UE) à Rússia, nesta quinta-feira (7), o Kremlin busca maneiras de sustentar sua economia. A movimentação russa está frustrando os líderes ocidentais, porque, embora a produção de petróleo russo esteja em queda, há a capacidade do país de manter a receita de energia fluindo e a recuperação da moeda – o preço do rublo em relação ao dólar já é o mesmo do pré-guerra.
Exemplo para manutenção da receita são os embarques de Sokol, o tipo de petróleo produzido no extremo leste russo, que estão todos vendidos para o próximo mês, e várias empresas chinesas usaram moeda local para comprar carvão russo em março. A China está prestes a receber os primeiros carregamentos de commodities de Moscou pagos em yuan desde que vários bancos russos foram cortados do sistema financeiro internacional.
O fluxo de gás russo para a Europa também aumentou desde o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro. Ambas vendas – Sokol e gás – não estão sujeitas a restrições.
Segundo a Bloomberg Economics, a Rússia pode ganhar cerca de US$ 320 bilhões com exportações de energia este ano, um aumento de mais de um terço em relação a 2021.
Restrições à Rússia ficam mais substanciais
As novas sanções aprovadas pela UE – em sua quinta rodada – impõem o embargo ao carvão russo e o fechamento dos portos europeus às embarcações do país. Esta é a primeira vez que os membros do bloco aprovam medidas contra o setor energético russo. A UE importa 45% de seu carvão da Rússia, o que equivale a cerca de 4 bilhões de euros por ano. O embargo entrará em vigor no início de agosto.
A UE também ampliou a lista de produtos russos cuja importação está proibida no bloco, para incluir algumas “matérias-primas e materiais fundamentais”, com valor estimado em 5,5 bilhões de euros por ano, em uma tentativa de prejudicar o esforço de guerra russo.
As medidas restringem, ainda, as exportações de bens de tecnologia de ponta para a Rússia, avaliadas em 10 bilhões de euros. As restrições também estão no congelamento de ativos de diversos bancos russos e a lista com pessoas sancionadas pela UE foi ampliada para 200 indivíduos, com a inclusão de oligarcas russos e das duas filhas adultas de Vladimir Putin.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
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