A pessoas próximas, o comandante do Exército, general Tomás Paiva tem dito que não haverá ordem do dia nos quartéis em 31 de março, quando se completam 60 anos do golpe militar de 1964. Segundo publicou o colunista Fábio Zanini, da Folha de São Paulo, também afirma que quem contrariar a diretriz e estiver na ativa será punido.
A coluna de Zaninni havia publicado antes que o governo Lula está confiante de que o evento ocorrerá da mesma forma como o ano passado nos quartéis: em completo silêncio.
O fato de a data completar um número redondo — 60 anos — imagina-se que o tema tende a ser lembrado com mais entusiasmo pelos saudosistas do golpe, que, como se viu durante o governo de Jair Bolsonaro, são numerosos entre militares.
No governo, no entanto, a avaliação é que a determinação dada pelo ministro da Defesa, José Múcio, no ano passado, de não haver nenhum evento em instalações militares é suficiente para que o mesmo aconteça em 2024.
Na articulação golpista iniciada em 31 de março de 1964, as Forças Armadas tomaram o poder, subvertendo a ordem existente no país e dando início à Ditadura Militar, regime ditatorial que se estendeu no Brasil até 1985 e foi caracterizado por censura, sequestros e execuções cometidas por agentes do governo brasileiro. Durante o golpe realizado em 1964, o presidente então empossado, João Goulart, foi destituído de seu cargo.
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