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Congresso da Unidade Popular aprova moção em defesa do povo palestino

Documento destaca a violência da campanha militar israelense, com bombardeios diários contra Gaza que já deixaram mais de 4 mil crianças mortas, em um total de mais de 11 mil pessoas assassinadas
07/11/2023 | 05h00

O III Congresso da Unidade Popular (UP) aprovou moção em defesa do povo palestino e contra os ataques de Israel à Faixa de Gaza. Realizado no Rio de Janeiro, o encontro reuniu representantes de 22 estados brasileiros e do Distrito Federal.

Na moção, a UP expressa “irrestrita e incondicional solidariedade à luta do povo palestino. Desde o início de outubro, o Estado terrorista de Israel deu início a um verdadeiro genocídio com vistas a exterminar o povo palestino que vive na Faixa de Gaza e anexar este território”.

De acordo com a moção, a política praticada por Israel desde sua fundação, em 1948, impõe “ao povo palestino um regime racista e colonial”. “Através de um sistema de Apartheid, os palestinos estão submetidos às piores condições de vida e de trabalho, têm suas casas e suas terras roubadas e são presos e executados arbitrariamente”, informa o documento.

“Se o governo brasileiro condena efetivamente os crimes de guerra e o genocídio promovido por Israel contra o povo Palestino, deve ser consequente com esta posição rompendo todos os acordos que tem com Israel”, afirmou ao ICL Notícias Leonardo Péricles, fundador e presidente nacional da Unidade Popular. “A começar pelos acordos militares, uma vez que as armas que matam palestinos, matam nosso povo negro e pobre no Brasil, pois muitas são de fabricação israelense. Mas deve seguir o importante exemplo do governo boliviano e romper também as relações comerciais e diplomáticas com Israel e ainda, pela influência que tem o Brasil, chamar todos os demais países da América Latina a fazerem o mesmo”.

O texto destaca que a violência da campanha militar de bombardeios contra Gaza já deixou mais de 4 mil crianças mortas, num total de mais de 11 mil pessoas assassinadas. “Tal massacre conta com a concordância e o apoio financeiro e militar das potências imperialistas da Europa e principalmente dos Estados Unidos”.

Para a UP, o governo brasileiro deveria seguir o exemplo da Bolívia, que no dia 31 de outubro rompeu relações diplomáticas com Israel. “Nosso país deve seguir este exemplo. O Brasil tem vários acordos militares, comerciais e até na área de inteligência. É preciso pôr fim a isso, romper relações diplomáticas com este Estado e boicotar o regime genocida de Israel”, pede.

“Diante disso, não podemos nos calar! Apenas a mobilização e a solidariedade dos povos explorados do mundo pode dar um fim ao regime sionista e fascista de Israel e garantir a construção do Estado palestino”, diz a moção.

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