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Contas do governo registram déficit de R$ 100 bi em 8 meses; resultado é menor que o do mesmo período de 2023

De janeiro a agosto de 2024, as despesas totais somaram R$ 1,48 trilhão, alta de 7,1%.
03/10/2024 | 13h56

As contas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registraram déficit de R$ 100 bilhões de janeiro a agosto deste ano, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (3). No mesmo período do ano passado, foi registrado rombo de R$ 105,88 bilhões.

Em agosto de 2024, a arrecadação federal do Brasil superou a marca dos R$ 200 bilhões pela primeira vez na história, alcançando R$ 201,6 bilhões. Ainda assim, as contas do governo registraram o quinto pior resultado para esse período da série histórica, que tem início em 1997. Os valores foram corrigidos pela inflação para permitir a comparação.

Abaixo, alguns dos detalhes divulgados pelo Tesouro hoje:

  • 8,4%: foi a alta real das receitas líquidas, para R$ 1,38 trilhão;
  • 7,1%: foi o aumento das despesas totais, que somaram R$ 1,48 trilhão nos oito primeiros meses do ano;
  • R$ 227 bilhões, foi o déficit acumulado em 12 meses, até agosto, o equivalente a 1,98% do PIB (Produto Interno Bruto).

Para este ano, a meta do governo é zerar o déficit das contas públicas. Entretanto, a área econômica estima um rombo acima de R$ 65 bilhões neste ano, e sem que a meta seja descumprida.

Déficit nas contas do governo registram melhora em agosto

Somente em agosto, ainda segundo informações do Tesouro Nacional, as contas do governo apresentaram um déficit de R$ 22,4 bilhões.

Com isso, houve uma melhora na comparação com igual período do ano passado, quando o rombo fiscal somou R$ 26,73 bilhões.

A receita líquida total somou R$ 148,9 bilhões no mês retrasado, enquanto a despesa alcançou R$ 171,3 bilhões.

Pelas regras do arcabouço fiscal, o governo pode ter um déficit de até 0,25% do PIB sem que o objetivo de zerar o rombo fiscal seja formalmente descumprido, o equivalente a R$ 28,8 bilhões.

O déficit estimado para 2024 pela equipe econômica é de R$ 68,83 bilhões, sem que a meta fiscal seja descumprida.

Além disso, para fins de cumprimento da meta fiscal, também são excluídos outros R$ 38,6 bilhões em créditos extraordinários, montante reservado para enfrentamento das enchentes no Rio Grande do Sul; outros R$ 514,5 milhões direcionados para o combate a incêndios, principalmente no pantanal e na Amazônia; e crédito extraordinário de R$ 1,35 bilhão em favor do Judiciário e do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).

Pelas regras, R$ 40,5 bilhões podem ser contabilizados fora da meta fiscal neste ano.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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