O deputado federal Ivan Valente (PSOL/SP) protocolou uma representação no Ministério Público do Estado de São Paulo exigindo a responsabilização penal, cível e administrativa do governador Tarcísio de Freitas, do Secretário de Segurança Pública (SSP-SP), Guilherme Muraro Derrite, e dos policiais militares envolvidos na morte de Lucas Almeida de Lima.
O caso ocorreu no último sábado (15/03), na Avenida Petrobrás, em Barueri (SP), onde Lucas Almeida foi abordado por policiais militares enquanto consertava um veículo. Registros em vídeo mostram a vítima sendo agredida com socos e chutes antes de ser executada com três disparos.
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O documento solicita o afastamento imediato do Secretário de Segurança Pública e a prisão dos policiais envolvidos.
A representação destaca que a ação policial foi desproporcional e abusiva, configurando um claro caso de violência estatal. Além disso, aponta um aumento expressivo da letalidade policial sob o governo de Tarcísio de Freitas, evidenciando uma política de segurança pública pautada no uso excessivo da força.

Lucas Almeida de Lima (Foto: Reprodução)
“O assassinato de Lucas não é um caso isolado, mas consequência de uma política deliberada de extermínio”, afirma Valente. “A sociedade exige justiça. O caso de Lucas Almeida reforça a urgência de revisão das práticas policiais no estado de São Paulo e a responsabilização dos agentes públicos que permitem e incentivam tais abusos”, pontuou.
Após o ocorrido, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo emitiu uma nota informando que a Polícia Militar apura os fatos por meio de Inquérito Policial Militar e que os policiais militares foram afastados enquanto os procedimentos operacionais são analisados.
Abordagem policial resulta em morte
De acordo com o levantamento do Instituto Sou da Paz, baseado em dados da Corregedoria da corporação, mortes por policiais crescem 61% em São Paulo durante 2024, contudo, o índices de investigação interna registrou queda.
Em 2024, a PM-SP registrou 2.222 inquéritos policiais militares, instaurados em casos de morte em ocorrência — uma redução de 5,1% em relação a 2023. No mesmo período, foram registradas 3.748 sindicâncias, que apuram irregularidades do ponto de vista disciplinar, uma queda de 12,2%. Ao todo, policiais militares e civis de SP mataram 814 pessoas em 2024, segundo dados da própria SSP.
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