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Corregedoria abre apuração contra juíza do Trabalho que berrou com testemunha

Presidência e a Corregedoria Regional do TRT-SC decidiram "pela imediata suspensão da realização de audiências pela magistrada Kismara Brustolin
29/11/2023 | 05h01

A juíza substituta Kismara Brustolin, da Vara do Trabalho de Xanxerê, em Santa Catarina, passou a ser investigada pela Corregedoria do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região após um vídeo em que ela preside uma audiência viralizar nas redes sociais. Nas imagens, ela aparece gritando com uma testemunha, exigindo que o homem a chame de “excelência”.

O caso foi no dia 14 deste mês, por videoconferência. Aos berros, ela afirma ter chamado atenção do rapaz e que ele deveria responder da seguinte forma: “O que a senhora deseja, excelência?”. Na sequência, ela insiste para que a testemunha repita as mesmas palavras que ela. O homem pergunta se é obrigado a fazê-lo, e a juíza responde que não, mas que então o depoimento dele seria descartado.

Em nota, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT-SC) informou que os fatos foram relatados por representantes da Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil em SC ontem, terça-feira (28).

Com isso, a Presidência e a Corregedoria Regional do TRT-SC decidiram “pela imediata suspensão da realização de audiências pela magistrada, sem prejuízo do proferimento de sentenças e despachos que estejam pendentes”. O tribunal também comunicou que foi instaurado um procedimento apuratório de irregularidade.

“A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico”, diz a nota. Veja o vídeo abaixo.

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