A Mina 18 da Braskem em Maceió, Alagoas, tem afundado cada vez mais rápido. Em contrapartida, a disposição de parte dos senadores pela abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que pode responsabilizar a empresa pelo desastre vai no sentido contrário.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), em entrevista à TV Cultura na sexta-feira (8), afirmou que até aquela data a instalação da CPI ainda não contava com o apoio do PT. Ele também disse ter conversado com o também senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo, e que a preocupação dele era que a investigação respingasse na Petrobras.
O ICL Notícias solicitou posicionamento do senador petista. Até a última atualização desta reportagem, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.
“O PT, infelizmente, não assinou (a abertura da CPI). Eu ouvi do próprio líder do governo, Jaques Wagner, que ele tinha preocupação porque a investigação poderia ir para a Petrobras. Mas a Petrobras é (acionista) minoritária. Ela não é controladora. Controladora é a Odebretch. Eu disse a ele: Wagner, o pior de tudo não é a sua preocupação. O pior de tudo é que a sua preocupação desinforma o governo e desinforma o PT”, afirmou Renan Calheiros.
Durante a semana passada, o senador disse que esperava que líderes dos partidos no Senado indicassem os parlamentares que comporiam a CPI. Não foi o caso do PT. Ainda assim, para Calheiros, a falta de apoio petista é “temporária”. “Eu tenho uma expectativa muito grande de que na segunda-feira, antes da instalação (da CPI), o PT indique”, afirmou.
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Trégua humanitária
Outro entrave, segundo o emedebista, tem sido a relação com dele com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Também durante a semana, usando um vocabulário de guerra, Renan Calheiros disse que seria capaz de propor uma “trégua humanitária” com Arthur Lira, com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSB), e outros políticos para somar esforços e resolver o problema.
“É um problema gigantesco”, resumiu o senador.
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