O Credit Suisse vai recorrer a um empréstimo de US$ 54 bilhões (R$ 285 bilhões) do Banco Central da Suíça, depois que a autoridade monetária do país europeu ofereceu ajuda financeira à instituição, que ontem (15) viveu um dos dias mais complicados de sua história. O anúncio foi feito nesta madrugada (16), o que ajudou a elevar as ações do Credit, depois de um tombo de cerca de 30% na véspera na Bolsa de Nova York.
Uma conjunção de fatores levaram o Credit Suisse à atual situação. Uma crise de confiança dos investidores em relação à instituição teve início anteontem (14), após relatório divulgado pelo banco indicar distorções em suas demonstrações financeiras.
Ontem, as ações desabaram depois que o investidor majoritário, o Banco Nacional Saudita, disse que não poderia realizar aportes financeiros para ajudar a instituição, que tem uma série de escândalos em sua trajetória.
Ammar al-Khudairy, presidente do BC da Arábia Saudita, disse que seu banco não tinha “absolutamente nenhuma intenção” de investir mais no Credit Suisse, insistindo que a decisão era principalmente regulatória. O banco hoje tem pouco menos de 10% do capital do CS, e ampliar essa fatia exigiria a aprovação do supervisor do mercado suíço, o Finma.
Em um dia, as ações do Credit Suisse perderam 25% de seu valor. Para que a crise não contaminasse mais fortemente os demais mercados, principalmente depois do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank dos EUA, no último fim de semana, o banco central e o supervisor financeiro da Suíça anunciaram que o Credit Suisse cumpria as exigências de capital e liquidez e que poderia receber novos recursos.
Após anúncio de pedido de empréstimo do Credit Suisse, mercados reagem e papéis do banco sobem
Depois de um dia turbulento ontem, que derrubou os mercados pelo mundo, incluindo a Bolsa brasileira, nesta manhã de quinta-feira, as bolsas da Europa operam em alta, enquanto os índices futuros dos EUA seguiam sem direção definida e os mercados asiáticos fecharam em baixa.
Minutos após o anúncio de pedido de empréstimo do Credit Suisse, por volta das 2h30 (horário de Brasília), os papeis do banco suíço valorizaram 31%, negociados a 2,22 francos suíços.
Enquanto isso, as bolsas da Europa operavam em alta. Segundo reportagem do portal G1, Londres iniciou o pregão em alta de 1,15%. Paris, operava com ganho de 1,34%. Altas se repetiam na Alemanha, 1,05%; Itália, 1,53%; e Espanha, 1,51%.
Por sua vez, na Ásia, Hong kong fechou em queda de 1,67%. Xangai e Tóquio também terminaram o dia em baixa: perdas de 1,12% e 0, 80%, respectivamente. E a Bolsa de Valores da Coreia do Sul fechou em queda de 0,08%.
Redação ICL Economia
Com informações do portal G1
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