A jornalista Cristina Serra comentou a investigação sobre os gastos da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, em 2018, comandada pelo general Walter Braga Netto. “Isso desmonta aquela falsa imagem de militares como competentes, que entendem de logística, porque atuam no Brasil inteiro, comandam grandes unidades envolvendo muita gente”, observou Cristina.
A jornalista fez o paralelo dessa fama de competência e a recente experiência de ter um general no comando da pasta da Saúde durante a pandemia.
“É uma força muito grande, com muitos soldados, muitos oficiais, então teoricamente eles teriam experiência, competência para essas grandes compras e negociações. A gente vê o fracasso disso né? O caso do Pazuello no Ministério da Saúde fala por si”, analisa.
Cristina Serra diz que não surpreende nem um pouco a operação agora da Polícia Federal para investigar essa compra de coletes, em 2018, quando Braga Netto era o “todo-poderoso” interventor na segurança do Rio de Janeiro.
“Eu sempre faço questão de lembrar, quando se fala desse período da intervenção no Rio: foi exatamente quando a vereadora Marielle Franco foi assassinada. (A intervenção) começou em fevereiro de 2018 e ela foi assassinada em março de 2018”, lembra a jornalista.
“Ah, mas Cristina, uma coisa não tem relação com a outra. Tem relação. Foi durante o momento em que Braga Netto tinha o comando da segurança do Rio que não só o Rio de Janeiro não melhorou na segurança, como houve o caso do assassinato da Marielle e Anderson Gomes que falam por si”, afirma. “A gente vê agora essa suspeita enorme sobre essa compra de grande quantidade de material. Não me surpreende nem um pouco. É bom que a gente conhecendo o alcance do estrago quando militares fazem coisas que não devem fazer, que não estao na sua competência”.
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