O advogado Luiz Eduardo Kuntz, que atua na defesa do coronel Marcelo Câmara, informou a coluna por nota que ele não teve oportunidade de responder às perguntas, pois “a autoridade policial disse que não tinha tempo de aguardar o encerramento do depoimento de Tércio Arnaud”. Tércio também é defendido por Kuntz que acompanhava seu depoimento.
Em razão disso, Câmara fez uso do direito ao silêncio. Ele, porém, tinha intenção de responder às perguntas. “Foi coagido a usar do silêncio, sem a presença de sua defesa técnica. Algo totalmente novo, reprovável e que não se pode admitir em um Estado Democrático e de Direito”, afirmou o advogado, por nota. A defesa peticionou para o ministro Alexandre de Moraes, no STF, informando sobre o ocorrido.
A defesa de Câmara pede um novo dia para que ele possa depor. “Aguarda-se, portanto, imediata definição de nova data para possa exercer o seu direito de defesa de forma plena e em ato contínuo reiterar o seu pedido de liberdade que está pendente de apreciação desde o dia 14.02”, afirma.
A vice-presidente da comissão de Prerrogativas da OAB/SP, Dra. Claudia Bernasconi, foi acionada e designará uma comissão para cuidar do caso e verificar todas as questões que estão sendo violadas.
Fontes da PF informaram à coluna que Marcelo Câmara possui vários advogados cadastrados no processo, e mesmo assim nenhum compareceu. Segundo os investigadores, ele não será chamado novamente durante o inquérito.
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