Como sabemos, o Ministério Público tanto brincou com as delações (colaborações) que a Polícia Federal lhe tomou o monopólio. O Supremo Tribunal, faz algum tempo, disse que a polícia poderia fazer sem a participação ou comando do MP.
Passa o tempo e eis que surge a oportunidade para o Ministério Público retomar esse monopólio.
Digo isso porque é inexplicável que uma delação como a de Cid, que denominei, pelas circunstâncias, de “Delação Mil e Uma Noites” (ou Sherazade), porque não termina nunca.
Há quantos meses a tal delação está nas mãos da Polícia? E o MP não cobra “accountability”?
Pois bem, caro Procurador-Geral. Aqui está o mote para retomar as discussões sobre quem pode elaborar acordos de colaboração premiada.
Nenhuma delação no mundo — e nem no Brasil — demorou tanto. Quantas coisas já poderiam ter sido resolvidas? E pacificadas? O Brasil espera pela elucidação de vários crimes. Crimes que colocaram em risco a própria democracia.
Pois bem. Que a delação termine logo. Mas já na mão do Ministério Público. No mínimo para que os mortais da sociedade saibam o que está acontecendo.
Urgente, pois não?
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