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Delegada e policiais são condenados por envolvimento com ‘Faraó dos Bitcoins’

Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, foi preso em 2021
19/12/2024 | 19h56

Por Tempo Real RJ

A Justiça condenou uma delegada e três policiais civis pelo crime de corrupção por ligação com o ‘Faraó dos Bitcoins’. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) no âmbito da operação Novo Egito, desdobramento da operação Kryptos, que prendeu Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, em agosto de 2021.

A delegada Daniela dos Santos Rebelo Pinto e os policiais Roberto Nogueira Alves, Marcelo Meireles Pinto e Raphael Vasques Jorge Macedo foram condenados a dois anos e oito meses de prisão, cada um, e à perda do cargo. Neste caso, o MPRJ atuou por meio da 1ª Promotoria de Justiça junto às 1ª, 2ª e 3ª Varas Especializadas em Organização Criminosa.

As investigações revelaram que a delegada, enquanto atuava na Delegacia de Defraudações (DDEF), recebeu propina de Glaidson em troca de favorecimentos ao esquema. Além disso, constatou-se que os policiais civis condenados facilitaram as atividades ilegais da organização, que movimentou cerca de R$ 38 bilhões em transações financeiras irregulares. À época, os policiais civis também eram lotados na DDEF.

Com base nas provas apresentadas pelo MPRJ, incluindo interceptações telemáticas, registros financeiros e depoimentos, a Justiça reconheceu a responsabilidade dos réus por crimes como organização criminosa, gestão fraudulenta e corrupção passiva.

O Tempo Real não conseguiu localizar as defesas dos citados. O espaço permanece aberto.

Bitcoins

Quem é o Faraó dos Bitcoins

Até 2014, Glaidson Acácio dos Santos recebia pouco mais de R$ 800 como garçom, em um restaurante em Búzios, Região dos Lagos. O estabelecimento ficava na famosa Orla Bardot.

Em 7 anos, ele se transformou em um milionário que movimentou pelo menos R$ 2 bilhões em uma empresa suspeita de aplicar o golpe conhecido como “pirâmide”, a GAS Consultoria Bitcoin.

A empresa de Glaidson prometia 10% de lucro em investimentos de clientes no mercado de criptomoedas. Com a GAS, Glaidson conseguiu ascensão e acumulou fortuna.

Segundo a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, que levou à prisão de Glaidson, a firma nem chegava a investir em bitcoins.

 

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