O número de denúncias de intolerância religiosa ao Disque 100 tiveram aumento de 140,3%, saltando de 615 em 2018 para 1.418 em 2023. O aumento nos dados vem ocorrendo sobretudo a partir de 2021, após o início da pandemia da Covid-19.
A informação é baseada em dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, analisados em um levantamento a pedido do Fantástico, da TV Globo.
No número de violações, que englobam diversos tipos de violência, o aumento foi ainda maior — de 240,3% –, passando de 624 para 2.124, de 2018 para 2023.
Entre 2022 e 2023, houve um aumento de 64,5% nas denúncias e de 80,7% nas violações.
Nos estados, em 2023, o Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia foram os que registraram o maior número de denúncias.
RELIGIÕES
De acordo com dados do IBGE, as religiões de matriz africana, com a umbanda e o candomblé, estão entre as cinco mais seguidas no Brasil. As religiões possuem mais de um milhão de adeptos no Brasil, enquanto os católicos praticantes representam a maioria, com cerca de 123 milhões, seguidos pelos evangélicos, totalizando 113 milhões.
LEGISLAÇÃO
A punição para quem pratica crimes de intolerância religiosa foi fortalecida em janeiro de 2023. Se condenado, o réu pode cumprir até cinco anos de prisão, além de multa.
A lei 14.532, que versa sobre o tema, equipara injúria racial ao racismo e protege a liberdade religiosa, tornando o crime imprescritível e inafiançável.
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