O portal ICL Notícias ouviu algumas das pessoas em situação de rua que são atendidas pelo projeto social do padre Julio Lancellotti, na Paróquia São Miguel Arcanjo. Esse é um dos depoimentos:
‘É sofrido você olhar para as casas, ver luzinhas piscando, as pessoas comemorando’
“Pra mim, o Natal na rua é uma família entre aspas, porque eu convivo com meus irmãos que moram na rua, que são a minha família. Nós temos algumas pessoas que nos ajudam, pessoas de bom coração. Mas também é um Natal meio sofrido, nós não temos a família que é a nossa, de sangue.
Nós temos pessoas da nossa família como o padre Julio, outros que cuidam de nós, que estão sempre próximos. Agora, essa é a minha família.
Mas é sofrido você olhar para as casas, ver luzinhas piscando, as pessoas comemorando. Aí a gente se conforma, vai beber cachaça pra tapar aquele vazio por a gente querer estar junto com a nossa família.Queria estar ali ceiando, comendo um peru, mas estou ali bebendo cachaça. É o que eu tenho.
Estou na rua há uns nove anos. Tenho 42 anos. Natal é a época que mais me dói, porque sinto muita saudade da minha família, de mainha”.
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