Em dezembro do ano passado, o primeiro mês do governo do presidente Javier Milei, a atividade econômica da Argentina registrou a maior contração desde o pico da pandemia de Covid-19, iniciada em 2020.
Dados
No mês de dezembro, a atividade econômica na Argentina caiu 3,1% em relação a novembro, a maior queda desde abril de 2020. Os dados foram publicados hoje pelo governo argentino. A informação é do jornal O Globo.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, a atividade caiu 4,5%, mais do que a queda de 3,2% prevista por economistas consultados pela Bloomberg. Perdas nos setores financeiro, de indústria de transformação e no comércio impulsionaram a contração.
Medidas de Milei
Javier Milei assumiu o cargo de presidente da Argentina no dia 10 de dezembro do ano passado. Desde então, colocou em prática uma série de medidas de austeridade fiscal, em sua “terapia de choque” de liberalismo. O país vive uma trava no consumo, com a desvalorização do peso argentino e a altíssima inflação.
Dentre as medidas, Milei suspendeu obras públicas e demitiu servidores federais. A sociedade argentina reagiu às medidas, com a convocação de diversas greves pelos sindicatos do país.
O “choque” de Milei, de acordo com um estudo da Universidade Católica Argentina, empurrou 57% da população para baixo do nível de pobreza em janeiro, contra cerca de 45% no mesmo mês do ano passado.
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