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Balança comercial registra superávit de US$ 19 bi no 1º trimestre, o maior da série histórica

Em março, a balança comercial registrou superávit de US$ 7,48 bilhões em março, resultado que representa queda de 30,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Queda do preço da soja e menor venda de petróleo influenciaram o resultado do mês passado.
05/04/2024 | 12h39
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A balança comercial registrou superávit (exportações maiores que as importações) de US$ 7,48 bilhões em março, resultado que representa queda de 30,4% em relação ao mesmo mês do ano passado (US$ 10,75 bilhões). Os dados foram divulgados ontem (4) pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) nesta quinta-feira (4).

Mas, na soma do primeiro trimestre do ano, o saldo comercial ficou positivo em US$ 19,07 bilhões, com alta de 22,2% na comparação com o mesmo período do ano passado (US$ 15,6 bilhões).

O superávit dos três primeiros meses deste ano também é o maior de toda série histórica, que teve início em 1989, para o período.

No mês passado, as exportações somaram US$ 27,98 bilhões, com queda de 14,8%, enquanto as importações somaram US$ 20,49 bilhões, com recuo de 7,1%.

O resultado de março também foi influenciado pela menor quantidade de dias úteis. No mês passado, foram registrados 20 dias úteis, contra 23 dias úteis em março de 2023.

Balança comercial: queda no preço da soja e nas vendas de petróleo influenciou resultado de março

Contudo, segundo o diretor de estatísticas e estudos de comércio exterior do MDIC, Herlon Brandão, os maiores influenciadores do resultado foram a queda no preço da soja no mercado internacional e a diminuição das vendas de petróleo em relação ao alto volume do ano passado.

O recuo das exportações desses produtos somou quase US$ 4 bilhões em março deste ano.

As vendas externas de soja totalizaram US$ 5,39 bilhões em março deste ano, com queda de US$ 1,96 bilhão (ou 26,7%) na comparação com o mesmo mês de 2023 (US$ 7,36 bilhões).

Por sua vez, as exportações de petróleo somaram US$ 3,52 bilhões em março passado, com recuo de US$ 1,96 bilhão (35,5%) contra o mesmo mês do ano passado (US$ 5,52 bilhões).

“Só a queda desses dois produtos na exportação, por motivos diferentes – o petróleo pela base de comparação alta fez com que o volume caísse e a soja pelos preços menores fez com que a receita caísse – já representam grande parte da queda da exportação do mês”, explicou Brandão.

“Como a soja está sendo exportada por um preço menor e os principais volumes acontecem nesses meses [começando em março], esse efeito preço é mais preponderante nesse momento. Vai ser fundamental a observação do próximo trimestre para ter mais clareza de como vai ser o desempenho da exportação no ano”, complementou o diretor do MDIC.

Por outro lado, as vendas externas de açúcares e melaços avançaram 77% em março deste ano, para US$ 1,47 bilhão, e as exportações de minério de ferro avançaram 3,4%, para US$ 2,45 bilhões.

Para 2024, o MDIC também reduziu a sua projeção para o superávit da balança comercial no ano, de US$ 94,4 bilhões para US$ 74,3 bilhões.

Enquanto a previsão de recuo nas exportações recuou de US$ 348,2 bilhões para US$ 332,6 bilhões, a das importações subiu de US$ 253,8 bilhões para US$ 259,1 bilhões.

A redução das projeções se deve, principalmente, à baixa dos preços de bens agrícolas, petróleo e minério de ferro, que são os três principais produtos exportados pelo Brasil.

Redação ICL Economia
Com informações do site do MDIC

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