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Depois que o IBC-Br de junho (Índice de Atividade Econômica), medido pelo Banco Central, veio bem acima do esperado, o Boletim Focus divulgado, nesta manhã de segunda-feira (19) pela autarquia, mostra que a mediana dos analistas consultados para a publicação elevou as projeções de inflação, do PIB (Produto Interno Bruto) e do câmbio para 2024.

Por outro lado, foi reduzida a expectativa de inflação e do PIB para 2025, enquanto a da taxa básica de juros, a Selic, foi elevada.

A projeção de inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu de 4,20% para 4,22% este ano. Para 2025, a estimativa de inflação recuou de 3,97% para 3,91% na última semana.

Se a projeção for confirmada para este ano, a inflação ficará bem próxima do teto da meta estipulada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Tanto para 2024 quanto para o ano que vem, a meta central de inflação é de 3%, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).

Em julho, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o IPCA foi a 0,38%, ficando 0,17 ponto percentual mais alto que o de junho (0,21%). Essa elevação do índice foi puxada pelos preços da gasolina (+3,15%), das passagens aéreas (+19,39%) e das tarifas de energia elétrica residencial (+1,93%).

No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, acima dos 4,23% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

No entanto, tanto o governo quanto alguns analistas trabalham com um arrefecimento da inflação no segundo semestre, quando haverá uma acomodação dos preços.

Mercado eleva projeção do PIB e do câmbio, mas mantém Selic em 10,50%, aponta Boletim Focus

A mediana dos analistas consultados para o Boletim Focus aponta que a economia brasileira vai crescer 2,23% este ano, ante 2,20% da edição anterior. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro recuou de 1,92% para 1,89%.

Por outro lado, foi mantida a previsão da taxa Selic em 10,50% este ano, ou seja, os dados apontam que a mediana dos analistas não aposta em uma alta dos juros básicos na próxima reunião, como foi cogitado após a divulgado da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC. No documento, o colegiado diz que “não hesitará em elevar a taxa de juros” se for necessário.

Por outro lado, para o fim de 2025, o mercado financeiro elevou estimativa da Selic de 9,75% para 10% ao ano.

Trocando em miúdos, a mediana do mercado aposta que, até lá, ocorrerão cortes de juros, com uma leve subida depois.

Em relação ao dólar, a projeção também é de alta para o fim de 2024, de R$ 5,30 para R$ 5,31, e manutenção em R$ 5,30 no fim de 2025.

O superávit da balança comercial (resultado das exportações menos as importações) permaneceu em US$ 82,4 bilhões em 2024, e avançou de US$ 77,2 bilhões para US$ 78,5 bilhões em 2025.

O ingresso de investimentos estrangeiros diretos no Brasil avançou de US$ 69,8 bilhões para US$ 70 bilhões este ano, enquanto permaneceu estável em US$ 71,2 bilhões em 2025.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

 

 

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