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Boletim Focus: mercado financeiro reduz previsão da inflação de 2022 para 5,76%

Na semana anterior, mercado projetou o IPCA deste ano em 5,79%. Por outro lado, para 2023 os agentes estimam inflação maior, passando de 5,08% para 5,17%
19/12/2022 | 13h04

O mercado financeiro reduziu, pela segunda vez seguida, a perspectiva de inflação para este ano. De acordo com o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta manhã (19), a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi baixada de 5,79%, previstos na semana anterior, para 5,76%. Por outro lado, para 2023 os agentes estimam inflação maior, passando de 5,08% para 5,17%.

Ainda para o ano que vem, o primeiro do terceiro mandato do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os agentes do mercado financeiro também modificaram as projeções para outros indicadores. Há previsão de leve alta no câmbio, que deve ficar em R$ 5,26 na média.

Apesar da redução, se confirmada a projeção, a inflação brasileira ficará fora do centro da meta. Na semana passada, o Banco Central elevou o crescimento da inflação oficial de 4,6% para 5% em 2023. Caso o prognóstico seja confirmado, será a terceira vez seguida que o Brasil estoura a meta de inflação, que para o ano que vem está fixada em 3,25%. A meta será formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Os dados constam do relatório de inflação do quarto trimestre, divulgado pela autoridade monetária nesta manhã (15).

O centro da meta oficial para a inflação deste ano é de 3,5%, enquanto para 2023 é de 3,25% e para 2024 é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos. Ou seja, o indicador deve ficar fora da meta neste e no próximo ano.

Boletim Focus: mercado mantém previsão do PIB estável em 3,05% este ano, mas amplia projeção para 2023

De acordo com o Boletim Focus, a previsão do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano se manteve estável em 3,05%. Já para 2023, houve avanço de 0,75% para 0,79%.

Na lei que prevê as diretrizes do Orçamento de 2023, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% no ano que vem, ou seja, índice bem descolado da realidade.

Em relação à taxa básica de juros (Selic), o mercado financeiro manteve a expectativa de 11,75% ao ano para o fim de 2023. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.

Para o dólar, como já dito, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2022 continuou em R$ 5,25. Para 2023, subiu de R$ 5,25 para R$ 5,26.

O saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) deve permanecer em US$ 55 bilhões de resultado positivo em 2022. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas caiu de US$ 60 bilhões para US$ 59 bilhões de superávit.

Em relação ao investimento estrangeiro direto, o Boletim Focus manteve a previsão de ingresso de US$ 80 bilhões. Para 2023, a estimativa subiu de US$ 76 bilhões para US$ 77 bilhões.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias 

 

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