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Bolsas mundiais vivem manhã de incertezas após decisão do Fed sobre taxa básica de juros dos EUA

Ontem (21), o Fed elevou a taxa básica de juros em 75 pontos base pela terceira vez consecutiva, sinalizando de que o aperto monetário deve continuar
22/09/2022 | 11h19

Um dia depois de o Fed (Federal Reserve) ter elevado a taxa básica de juros dos EUA em 0,75 ponto percentual, as bolsas mundiais operam sem tendência definida na manhã desta quinta-feira (22). Ainda hoje, investidores aguardam a divulgação da política monetária do Banco Central da Inglaterra (BoE).

Ontem (21), o Fed elevou a taxa básica de juros em 75 pontos base pela terceira vez consecutiva, confirmando, pelo tom do comunicado divulgado com o anúncio, que as taxas dos Fed Funds permanecerão altas por mais tempo, exigindo uma readequação das estratégias de investidores globais.

Logo após a decisão do banco central americano, as bolsas passaram por forte volatilidade, com os principais índices acionários em Wall Street fechando no vermelho.

Já na Ásia, o banco central do Japão manteve a taxa de juros inalterada, em linha com as expectativas do mercado.

No Brasil, ontem o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. O comunicado da autoridade monetária brasileira sinaliza que o ciclo de alta pode ser retomado se as expectativas de inflação se mostrarem resilientes.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (21) em queda, marcado pelo aumento nas taxas de juros dos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,52%, a 111.936 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores reagiram ontem à decisão do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, que aumentou as taxas de juros do país para uma faixa de 3% a 3,25% – uma alta de 0,75 ponto percentual. É a quinta vez neste ano em que os juros são elevados no país.

De acordo com os economistas, as altas de juros nos EUA tendem a se refletir em novos aumentos na cotação do dólar no Brasil, uma vez que há saída da moeda do país, com o objetivo de buscar a melhor remuneração lá fora.

Nas negociações do dia, o dólar avançou 0,40% frente ao real, negociado a R$ 5,173 na compra e na venda.

Europa

As bolsas europeias operam com os índices estáveis e sem tendência clara. A expectativa é de que os bancos centrais do continente continuem a subir os juros até que os índices locais de inflação possam se estabilizar. O mercado projeta que o Banco da Inglaterra (BoE) suba a taxa básica entre 50 e 75 pontos base.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,37%
DAX (Alemanha), -0,67%
CAC 40 (França), -0,74%
FTSE MIB (Itália), -0,06%

Estados Unidos

Os índices futuros das bolsas americanas também operam sem rumo certo, um dia após o presidente do Fed, Jerome Powell, ter dito, em entrevista coletiva, que a agressividade da política monetária será mantida até que a inflação esteja, de fato, controlada.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,03%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,07%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,18%

Ásia

Por sua vez, as bolsas asiáticas tombaram com o anúncio do aumento de juros nos EUA, devido à valorização do dólar. Tanto que o Japão teve que intervir no mercado de câmbio para vender dólares por ienes, a fim de conter as recentes quedas acentuadas da moeda local.

Shanghai SE (China), -0,27%
Nikkei (Japão), -0,58%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,61%
Kospi (Coreia do Sul), +0,63%

Petróleo

O mercado de commodities segue volátil nesta manhã, mas com tendência de alta, devido principalmente aos riscos de um choque de oferta pela escalada recente da guerra na Ucrânia.

Petróleo WTI, +1,06%, a US$ 83,92 o barril
Petróleo Brent, +0,82%, a US$ 90,65 o barril

Agenda

Um dia após a divulgação da taxa básica de juros, a agenda de divulgação de índices nos EUA está esvaziada, a não ser pelos dados semanais de pedidos de seguro-desemprego nesta quinta-feira.

Por aqui, no Brasil, no campo político, será divulgada hoje nova rodada do Datafolha. Na última pesquisa, realizada no dia 15, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinha 45% das intenções de votos ante 33% de Jair Bolsonaro (PL). Ciro Gomes (PDT) tinha 8% e Simone Tebet (MDB), 5%. No âmbito político, o Ministério da Economia divulga o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do quarto bimestre.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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