As bolsas mundiais e os índices futuros de Nova York estão operando no negativo nesta manhã de terça-feira (20), diante do pessimismo dos investidores em relação ao futuro da economia mundial. Eles avaliam que, no próximo ano, os bancos centrais continuarão aumentando as taxas de juros como medida de controle da inflação.
Na semana passada, o Fed (Federal Reserve), o BCE (Banco Central Europeu) e o Banco da Inglaterra elevaram as taxas de juros, colocando mais pressão sobre os investidores. Por isso, os agentes do mercado acreditam que esse movimento é um indicativo do que está por vir nos próximos meses.
A Ásia, o Banco Central do Japão (BOJ) manteve suas taxas de juros e anunciou que modificará sua faixa de controle da curva de rendimentos. Essa decisão afetou os mercados da região, com o iene tendo forte valorização em relação ao dólar.
A autoridade monetária expandiu a faixa de flutuações do rendimento dos títulos do governo do Japão de 10 anos passou de seus atuais -0,25% a +0,25% para -0,50% a +0,50%.
A China, por sua vez, continua preocupando com o aumento de casos de Covid-19 e as primeiras mortes registradas pela doença após a flexibilização da política Covid Zero. O cenário no gigante asiático trouxe preocupação internacional com um possível avanço do coronavírus para além das fronteiras chinesas.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (19) em alta, após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar inconstitucional o “orçamento secreto” e diante da decisão do ministro Gilmar Mendes, da Suprema Corte, de manter benefícios sociais fora do teto de gastos. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,83%, aos 104.740 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a Petrobras, uma das empresas com maior peso na composição do Ibovespa, fechou em alta hoje, acompanhando a valorização do petróleo no exterior, o que contribui para o bom desempenho do Ibovespa.
Nas negociações do dia, o dólar terminou o dia em alta de 0,28%, cotado a R$ 5,31.
Europa
As bolsas da Europa operam em baixa nesta terça-feira, acompanhando os movimentos mundiais de pessimismo em relação ao futuro da economia. Para hoje, os agentes aguardam a divulgação do índice de confiança do consumidor da zona do euro de dezembro, que deve registrar retração, segundo expectativas do consenso Refinitiv.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,40%
DAX (Alemanha), -0,66%
CAC 40 (França), -0,91%
FTSE MIB (Itália), -1,09%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã, estendendo as perdas da semana passada, em meio a temores de recessão com perspectivas de juros mais altos em 2023. Ao longo desta semana, várias empresas divulgarão resultados trimestrais, entre as quais a Nike e a FedEx.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,06%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,21%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,42%
Ásia
As bolsas da Ásia também fecharam no negativo na manhã de hoje. Por lá, o banco central do Japão surpreendeu os mercados com um ajuste em seus controles de rendimento de títulos, ao permitir que as taxas de juros de longo prazo subam mais, uma medida que visa aliviar alguns dos custos do estímulo monetário prolongado.
Na China, cidades lutam para instalar leitos hospitalares e construir clínicas de triagem diante do aumento da preocupação com o avanço da Covid-19.
Shanghai SE (China), -1,07%
Nikkei (Japão), -2,46%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,33%
Kospi (Coreia do Sul), -0,80%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em baixa nesta manhã, após subirem no início do pregão, diante da ameaça com uma recessão global.
Petróleo WTI, -0,47%, a US$ 74,84 o barril
Petróleo Brent, +0,18%, a US$ 79,94 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, está previsto a divulgação de dados de construção de casas novas e estoques de petróleo. Na zona do euro, sai o índice de confiança do consumidor, termômetro importante da economia local.
Por aqui, no Brasil, enquanto a agenda econômica está esvaziada, o cenário político pega fogo. Está prevista a votação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição no plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Depois que o STF (Supremo Tribunal Federal) votou, em sua maioria, pela inconstitucionalidade do orçamento secreto, as emendas de relator que funcionam como moeda de troca do Executivo para obter apoio do Legislativo. O texto deve trazer uma alteração importante em relação ao aprovado pelo Senado, segundo parlamentares ouvidos pelo Estadão/Broadcast. Eles apontam que o prazo de ampliação do teto de gastos em R$ 168 bilhões deve cair de dois para um ano.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
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