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Bradesco lucra R$ 4,7 bilhões no 2º trimestre, com alta de 12% para o período

O resultado foi impulsionado por menores despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), aumento de margem financeira, receita de serviços e resultado das operações de seguros.
05/08/2024 | 12h27

O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,716 bilhões no segundo trimestre de 2024, alta de 12% na comparação com trimestre anterior e de 4,4% na base anual, segundo informações divulgadas pela instituição financeira nesta manhã de segunda-feira (5).

O resultado veio acima das projeções de analistas compiladas pelo LSEG, que apontavam R$ 4,378 bilhões.

O relatório divulgado mostra que o resultado foi impulsionado por menores despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), aumento de margem financeira, receita de serviços e resultado das operações de seguros.

O Bradesco teve retorno anualizado sobre patrimônio líquido (ROAE) de 10,8% no período, baixa anual de 0,1 ponto percentual.

A margem do banco com clientes, que reflete o ganho em operações de crédito líquida de PDD, teve alta de 25,7% em um ano, para R$ 8 bilhões. Por sua vez, a margem financeira total caiu 5,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 15,6 bilhões.

As receitas do banco com serviços tiveram alta de 6,4% em um ano, para R$ 9,3 bilhões, enquanto a carteira de crédito expandida encerrou o trimestre em R$ 912,1 bilhões, alta de 5% em um ano.

Já as despesas de provisão (PDD) expandida caíram 29,3% em um ano, para R$ 7,3 bilhões.

A inadimplência no período ficou em 4,3%, segundo critérios de atrasos acima de 90 dias, baixa de 1,4 ponto percentual (p.p.) em um ano.

Bradesco esteve entre os bancos que mais lucraram em 2023 com ajuda da Selic alta

O lucro dos bancos que operam no Brasil bateu recorde em 2023. No total, as instituições tiveram um lucro líquido de R$ 145 bilhões ano passado, o que representou uma alta de 5%. Os dados são do Relatório de Economia Bancária do Banco Central.

O aumento do lucro líquido das instituições financeiras coincide com taxa básica de juros, a Selic, em um de seus maiores patamares históricos, de 13,75% ao ano até meados junho do ano passado.

A taxa Selic começou a cair somente em agosto de 2023, terminando o último ano em 11,75% ao ano, nível ainda alto na comparação internacional. Atualmente, a taxa básica de juros está em 10,50% ao ano.

Os quatro maiores bancos do país – Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – encerraram o ano passado com 57,8% do mercado de crédito e com 57,9% dos depósitos totais. Em 2022, esses percentuais eram de, respectivamente, 58,6% e 58,4%.

“Ao longo de 2023, o retorno do crédito aumentou, influenciado pelo peso das safras recentes nas receitas de crédito contratadas a taxas mais altas”, informou o BC. “O custo de captação também se elevou no período, mas apresentou redução no quarto trimestre em decorrência da queda da taxa Selic a partir de agosto”, complementou o órgão.

Para o futuro, o BC disse que a tendência é que os lucros das instituições financeiras cresçam ainda mais. Segundo o órgão, a margem alta “tende a continuar à medida que os efeitos da queda da taxa Selic permaneçam reduzindo o custo de captação de forma mais rápida que o retorno do crédito”.

Enquanto lucram, as instituições financeiras cortaram 77 mil postos de trabalho no período de 2013 a 2021. Isso representa uma redução de 15% dos empregos nos bancos, além do fechamento de quase 5 mil agências.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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