Em um ano, a taxa de desemprego do Brasil teve a queda mais intensa de uma lista com 40 países, conforme ranking da agência de classificação de risco Austin Rating. Porém, o Brasil está na 5º colocação mundial de número de desempregados, segundo levantamento da Austin, feito com dados divulgados até julho passado.
Durante a corrida eleitoral, o governo tem alardeado o aumento do emprego no País, no entanto, além de essa ser uma tendência mundial, há uma precarização das condições para os trabalhadores do país. Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) mostram que o emprego com carteira assinada no setor privado cresceu 10% no 1º semestre do ano em relação a 2021. E o emprego sem carteira aumentou duas vezes mais: 19,8%, no mesmo período. O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões.
A taxa de desemprego brasileira estava em 13,7% no trimestre até julho de 2021, quando a economia ainda era afetada por restrições para frear a Covid-19. Em igual período de 2022, o mais recente com informações disponíveis, o indicador recuou para 9,1%, calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A queda foi de 4,6 pontos percentuais. É o menor patamar desde o trimestre encerrado em outubro de 2015. À época, o indicador também marcava 9,1%, e a economia nacional amargava recessão.
A taxa de desemprego de 9,1% só ficou abaixo das registradas em quatro nações em julho de 2022. A Espanha (12,6%) está no topo, seguida por Grécia (11,4%), Colômbia (10,6%) e Turquia (10,1%).
Quedo do desemprego no Brasil depende do crescimento econômico
Dos 40 países observados, 38 tiveram desocupação menor do que um ano antes. A queda disseminada sinaliza que as economias, incluindo a brasileira, vêm sendo beneficiadas especialmente pela trégua da pandemia, informou a Austin Rating. Mesmo assim, o Brasil é um dos países com as maiores taxas. Depende do crescimento econômico e do aumento do ambiente de negócios para melhorar o número e qualidade da oferta de emprego.
Segundo a Austin Rating, a explicação para a Espanha (12,6%) registrar a maior taxa de desemprego do ranking pode estar associada ao fato de o país europeu ter uma população mais envelhecida. Os trabalhadores mais velhos estão entre os mais prejudicados pelas restrições impostas durante a pandemia.
A outra ponta da lista elaborada pela Austin é ocupada pela Suíça. O país teve a menor taxa de desocupação até julho deste ano: 2%. Na comparação com igual período de 2021, a Dinamarca foi o único local em que o indicador ficou no mesmo nível (4,6%).
A China, por sua vez, teve a única alta no indicador, de 5,1% para 5,4%. A economia do gigante asiático, diz Agostini, ainda foi impactada nos últimos meses por restrições para conter o avanço do coronavírus.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
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