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Brasil passa a ter o 3º maior juro real do mundo após decisão do Copom

Considerando os juros nominais, ou seja, a taxa básica de juros, sem descontar a inflação, o Brasil permanece 6ª posição.
01/08/2024 | 12h04

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu ontem (31) manter a taxa básica de juros inalterada em 10,50% ao ano. Com a decisão, o Brasil saiu da segunda para a terceira posição como o maior juro real do mundo (descontada a inflação prevista para os próximos 12 meses).

Segundo levantamento compilado pela consultoria MoneYou, os juros reais do país ficaram em 7,36%. O líder do ranking é a Turquia, com taxa real de 12,13%.

Na última divulgação, em 19 de junho, o Brasil ocupava a segunda colocação da lista. Segundo o MoneYou, a combinação de inflação mais forte e cenário externo desafiador continua a pressionar o fechamento da taxa real de juros no Brasil.

A Argentina continuou com o último lugar no ranking. Apesar de, em junho, ter perdido para a Turquia o posto de maiores taxas nominais da lista (40% ao ano, frente aos 50% da Turquia), o país também enfrenta uma inflação altíssima, o que acaba derrubando as taxas reais.

A lista dos 15 países com os maiores juros nominais do mundo são os seguintes:

  • Turquia 12,13%
  • Rússia 7,55%
  • Brasil 7,36%
  • México 6,24%
  • África do Sul 3,89%
  • Indonésia 3,61%
  • Hong Kong 2,83%
  • Itália 2,44%
  • Reino Unido 2,39%
  • Filipinas 2,37%
  • Índia 2,16%
  • Polônia 2,04%
  • Estados Unidos 1,75%
  • Colômbia 1,74%
  • Nova Zelândia 1,71%

Além do alto juro real, taxa Selic a 10,50% ao ano deixa o Brasil na 6ª posição em juros nominais

Considerando os juros nominais, ou seja, a taxa básica de juros, sem descontar a inflação, o Brasil permanece 6ª posição.

Os 15 primeiros da lista são:

  • Turquia: 50,00%
  • Argentina: 40,00%
  • Rússia: 16,00%
  • Colômbia: 11,75%
  • México: 11,00%
  • Brasil: 10,50%
  • África do Sul: 8,25%
  • Hungria: 7,25%
  • Filipinas: 6,50%
  • Índia: 6,50%
  • Indonésia: 6,25%
  • Chile: 6,00%
  • Polônia: 5,75%
  • Hong Kong: 5,75%
  • Estados Unidos: 5,50%

Para mercado, Copom adotou tom mais duro

Agentes do mercado avaliam que o Copom adotou tom mais duro no comunicado divulgado com a decisão de ontem.

Agentes destacaram que, desde a última reunião do comitê, houve uma importante desvalorização do câmbio e nova piora das expectativas de inflação, que obrigaram o colegiado a ser mais hawkish, jargão do mercado para a postura mais agressiva com a condução dos juros.

O comunicado de ontem reforçou a perspectiva de que o colegiado pode voltar a subir a taxa Selic se julgar necessário. O Comitê afirmou que “segue vigilante” e que eventuais ajustes na taxa básica seguirão o “firme compromisso” da instituição em convergir a inflação à meta.

Redação ICL Economia
Com informações do g1

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