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Dieese: Preço da cesta básica aumenta em 14 das 17 capitais em março

As elevações mais importantes aconteceram em Curitiba (+3,61%), Florianópolis (+3,00%) e Porto Alegre (2,85%)
08/04/2025 | 09h39
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O preço da cesta básica aumentou em 14 das 17 capitais pesquisadas mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Entre os meses de fevereiro e março deste ano, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos mostra que as elevações mais importantes aconteceram em Curitiba (+3,61%), Florianópolis (+3,00%) e Porto Alegre (2,85%).

Por outro lado, as reduções foram observadas na região Nordeste, com destaques para Aracaju (-1,89%), Natal (-1,87%) e João Pessoa (-1,19%).

Na capital paulista, por sua vez, o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 880,72), seguida por Rio de Janeiro (R$ 835,50), Florianópolis (R$ 831,92) e Porto Alegre (R$ 791,64).

Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 569,48), João Pessoa (R$ 626,89), Recife (R$ 627,14) e Salvador (R$ 633,58).

A comparação dos valores da cesta, entre março de 2024 e março de 2025, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações entre 1,83%, em Porto Alegre, e 9,69%, em Fortaleza.

Nos três primeiros meses do ano, o custo da cesta básica aumentou em todas as cidades pesquisadas, com taxas entre 1,01% (Porto Alegre) e 8,51% (Salvador).

Cesta básica versus salário mínimo

Em março de 2025, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.398,94 ou 4,87 vezes o mínimo reajustado em R$ 1.518,00. Em fevereiro, o valor necessário era de R$ 7.229,32 e correspondeu a 4,76 vezes o piso mínimo.

O cálculo leva em consideração o preço da cesta básica mais cara, que é a de São Paulo, e um valor mínimo que supra os itens de necessidades básicas de uma família, como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em março de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.832,20 ou 4,84 vezes o valor
vigente na época, que era de R$ 1.412,00.

Com isso, o tempo médio necessário que um trabalhador levaria para adquirir os produtos da cesta básica foi de 106 horas e 19 minutos em março deste ano, maior do que o de fevereiro, de 104 horas e 43 minutos. Em março de 2024, a jornada média foi de 108 horas e 26 minutos.

Preços dos alimentos

Em março de 2025, o preço do café em pó subiu em todas as cidades pesquisadas. Os aumentos variaram entre 3,92%, em São Paulo, e 14,48%, em Belém.

Em 12 meses, todas as 17 capitais também apresentaram taxas positivas, com destaque para Goiânia (+134,38%), Brasília (+125,29%) e Vitória (+116,28%). Os baixos estoques mundiais influenciaram a alta do café em pó no varejo.

Além do café, o tomate aumentou em 13 das 17 capitais no período avaliado. As maiores taxas foram verificadas nas capitais do Sul: Florianópolis (+61,13%), Curitiba (+52,13%) e Porto Alegre (+49,68%).

Por outro lado, houve queda nos preços em Natal (-19,39%), João Pessoa (-18,61%), Recife (-15,89%) e Aracaju (-12,08%).

Em 12 meses, o valor do tomate apresentou comportamento de preço diferenciado, com elevação em seis cidades. As variações foram de +3,12%, em Curitiba, a +13,70%, em Belo Horizonte.

A menor oferta da safra de verão explica a elevação de preços na maior parte das cidades.

O leite integral subiu em 10 capitas, com variações entre 0,14%, em Salvador, e 9,05%, em Vitória. O preço ficou estável em Campo Grande e diminuiu em outras seis capitais, com destaque para João Pessoa (-2,28%).

Em 12 meses, o leite apresentou elevação em todas as cidades, as maiores em Natal (21,98%), Aracaju (18,18%) e Vitória (16,69%). A entressafra reduziu a oferta e a demanda seguiu firme, por isso a alta do derivado na maior parte das capitais.

Por sua vez, o preço do quilo da carne bovina de primeira baixou em 15 capitais, entre fevereiro e março de 2025. As reduções oscilaram entre -4,18%, em Aracaju, e -0,60%, em São Paulo.

As elevações ocorreram em João Pessoa (2,09%) e Recife (0,12%). Em 12 meses, o valor médio do quilo aumentou em todas as cidades, com destaque para as taxas de Fortaleza (29,44%), São Paulo (28,17%) e Brasília (27,31%).

A maior oferta interna de carne, apesar da resistência dos produtores em reduzir o preço, resultou em queda de valor na maior parte das capitais brasileiras.

 

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