O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE sobe 0,7 ponto, para 84,3 pontos, interrompendo a sequência de três quedas seguidas. Em médias móveis trimestrais, o índice mantém a tendência de queda, ao recuar 2,3 pontos, para 84,7 pontos.
“Após três quedas seguidas, a alta moderada da confiança do consumidor, em março, reflete uma calibragem do indicador, que permanece na região pessimista. O resultado positivo no mês foi influenciado por uma melhora na avaliação da situação atual e registrada apenas pelos consumidores da maior faixa de renda. Aos consumidores das demais faixas houve continuidade da piora da confiança, reforçando o desconforto existente, resultado da inflação de alimentos e da alta dos juros, que deteriora a situação financeira das famílias”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Confiança do consumidor: situação financeira atual das famílias volta a subir após três meses de queda
A primeira alta do ICC no ano foi motivado pela melhora na percepção atual com o Índice de Situação Atual (ISA) que subiu 1,6 ponto, para 81,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE) ficou praticamente estável ao subir 0,1 ponto, chegando a 87,4 pontos.
Os dois quesitos que avaliam o momento atual, situação econômica local atual e situação financeira atual da família, subiram 0,8 e 2,4 pts., para 91,2 e 71,2 pontos, respectivamente. Entre os quesitos que avaliam perspectivas futuras, subiram os indicadores de situação econômica local futuro e de compras previstas de bens duráveis, em 0,7 e 4,5 pts., para 99,3 e 79,7 pontos, respectivamente. O indicador que mede as perspectivas para situação financeira futura da família recuou 4,8 pontos, para 84,7 pontos, menor nível desde maio de 2022 (81,6 pts.).
Entre as faixas de renda, a alta ocorreu apenas na faixa de renda mais alta, cuja renda é acima de R$ 9.600,01. A confiança dos demais consumidores continuou recuando em março.
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