O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), medido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), ficou abaixo de 50 pontos em janeiro, o que indica pessimismo por parte do empresariado. É a primeira vez que o ICEI fica nesse patamar em 20 meses. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (16) pela entidade.
A queda no índice de confiança, segundo a entidade, caiu um ponto em janeiro deste ano, atingindo 49,1 pontos.
Na pesquisa, foram ouvidas 1.232 empresas, sendo 469 de pequeno porte; 459 de médio porte; e 304 de grande porte, entre os dias 7 e 13 de janeiro de 2025.
A queda do indicador, registrado nos últimos meses do ano passado, aconteceu em um momento de disparada do dólar, que se valorizou mais de 27% em 2024, e de alta da taxa básica de juros, a Selic, que chegou a 12,25% ao ano.
Juros altos encarecem os investimentos, por encarecerem a tomada de crédito.
Investimentos podem ser adiados, aponta CNI
Com o pessimismo à flor da pele, os empresários podem adiar investimentos que planejavam fazer. “O pessimismo faz com que os empresários tendam a adiar decisões com relação a investimentos, aumento de produção e contratações, na expectativa de um cenário mais favorável”, afirmou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
O ICEI é composto pelo Índice de Condições Atuais e pelo Índice de Expectativas.
Em janeiro, o índice de condições atuais caiu 2,3 pontos, de 46,5 pontos para 44,2 pontos, o que significa que a avaliação dos empresários sobre as condições atuais da economia e das próprias empresas se tornaram ainda mais negativas em relação aos seis meses anteriores.
Por sua vez, o índice de expectativas recuou 0,4 ponto, de 51,9 pontos para 51,5 pontos. Isso mostra que as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses continuam positivas em relação aos seus próprios negócios e não necessariamente à economia do país.
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