O real voltou a ganhar força frente ao dólar, nesta segunda-feira (21), quando a moeda americana ficou cotada a R$ 4,945, a quarta queda seguida. Do início de janeiro até agora, o dólar comercial já caiu mais de 11% e atingiu o menor valor desde 29 de junho ao passado (R$ 4,942).
Especialistas do mercado atribuem a queda a uma combinação de fatores, nacionais e internacionais. Internamente, o aumento da taxa de juros básica (Selic), que passou para 11,75%, é um deles, pois torna o país mais atraente do ponto de vista do investidor estrangeiro.
Na questão internacional, a instabilidade geopolítica provocada pela guerra e as sanções à Rússia têm feito o dinheiro sair de vários países em busca de rentabilidade em outros emergentes. O dólar é uma mercadoria como outra qualquer. Se tem pouco, o preço sobe. Se tem muito, o preço cai. Assim, com tantos dólares entrando no país e a expectativa de que as exportações tragam ainda mais dólares, o preço da moeda americana cai no mercado brasileiro.
Até 16 de março, os investimentos estrangeiros na bolsa brasileira já somavam cerca de R$ 73 bilhões, mais do que entrou no ano de 2021 inteiro.
Lembrando a maior alta: após o anúncio da pandemia, o dólar atingiu seu patamar mais elevado – R$ 5,85 em fevereiro de 2020.
Redação ICL Economia
Com informações das Agências
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