O Ibovespa encerrou o dia de hoje no embalo “o seu futuro é duvidoso”, com tombo de 1,23%, aos 128.120,75 pontos, queda de 1.592,58 pontos. É o menor patamar desde 7 de agosto último (127.513,88 pontos). Na semana, o principal indicador da Bolsa acumula baixa de 1,36%, a segunda semana seguida negativa (-0,46% na passada).
No primeiro pregão de novembro, véspera de Feriado de Finados, o tom melancólico refere-se ao futuro. Na próxima semana, há eleições presidenciais nos Estados Unidos em uma disputa acirradíssima que tem, de um lado, o ex-presidente republicano Donald Trump; de outro, está a vice-presidente democrata, Kamala Harris. Ninguém aposta em quem vai vencer, porque o perigo de errar é grande.
Além das eleições, tem decisão dos juros no Brasil e nos Estados Unidos em mais uma “Superquarta” (6). Por aqui, a expectativa é de alta da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano. Por lá, tudo leva a crer que haverá corte, resta saber a dose.
Isso porque, hoje, foi divulgado o relatório de folha de pagamentos payroll. Os Estados Unidos criaram apenas 12 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de outubro, bem abaixo do esperado pelos analistas. Enquanto isso, a taxa de desemprego ficou inalterada em 4,1% no mês recém-encerrado.
Por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje que a indústria cresceu 1,1% em setembro, na 2ª alta mensal consecutiva. Em relação a setembro do ano passado, a expansão foi de +3,4%.
Mas isso não interessa ao mercado, que segue pressionando o governo para anunciar logo o famigerado corte de gastos, que ainda não tem data para sair.
Na seara corporativa, o dia também foi difícil. A Vale (VALE3), um dos pesos pesados do IBOV, fechou com ligeira baixa de 0,05%. A Petrobras (PETR4), por sua vez, perdeu 1,36% com a empresa dizendo que notícias sobre dividendos e investimentos são especulativas. Isso em uma sessão de alta do petróleo internacional.
Os bancos também fecharam majoritariamente com baixa. Para citar dois, o Itaú Unibanco (ITUB4) caiu 0,56%; e o Bradesco (BBDC4), – 1,81%.
Dólar
O dólar encerrou o dia em ampla alta, de 1,53%, cotado a R$ 5,87, maior nível de fechamento desde 13 de maio de 2020 e segundo mais alto da história, em termos nominais, segundo o Valor Data. Em uma semana, a alta acumulada é de 2,9%. Os DIs (juros futuros) aceleraram, com altas esticadas de quase 2% por quase toda a curva, que já passa de 13% em todos os vértices.
Mercado externo
Os indicadores de Nova York fecharam o dia com alta generalizada, com o payroll de outubro mostrando que vai dar corte de juros na semana que vem. Porém, os mercados fecharam a semana com baixa acumulada.
O Dow Jones subiu 0,69% hoje e -0,17% na semana; o S&P 500, +0,41% e -1,39%; e o Nasdaq, +0,80% e -1,52%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
Deixe um comentário