O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) cortou os juros de referência dos Estados Unidos (EUA) em 0,25 ponto percentual na última reunião de 2024. A taxa, que estava no intervalo de 4,50% a 4,75%, foi reduzida para 4,25% a 4,50% ao ano.
“Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm geralmente melhorado, e a taxa de desemprego tem subido, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção à meta de 2%, mas continua um tanto elevada”, diz o Comitê no comunicado.
O corte nesse patamar já era esperado pelo mercado. Antes da divulgação, 94,9% das apostas indicavam justamente um movimento de 0,25 p.p. do banco central norte-americano, segundo o CME FedWatch Tool.
No atual ciclo de afrouxamento monetário, além do corte atual, o Fed já reduziu a taxa em 0,50 p.p. na reunião de setembro e em 0,25 p.p. em novembro.
A decisão desta quarta-feira (18), de diminuir os juros para 4,25% a 4,50%, não foi unânime entre os 11 membros do colegiado, incluindo o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell.
Em relação aos próximos passos, o Comitê diz que “avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o equilíbrio de riscos” para tomar uma nova decisão.
Presidente do Federal Reserve fala em cautela
Depois do anúncio da decisão, o presidente do Fed concedeu a tradicional entrevista coletiva.
Ele disse que não vê necessidade de mais flexibilização para chegar à meta de 2% de inflação. “Achamos que onde estamos é significativamente restritivo. E acho que, deste ponto em diante, é apropriado agir com cautela e buscar progresso na inflação”, apontou.
Ele ainda disse que último corte de taxa de juros “foi uma decisão mais difícil, dada a persistência da inflação”, e falou agora em cautela. “Depois de cortar os juros em 1 p.p. podemos ser mais cautelosos ao considerar novos ajustes”, minimizou.
Porém, disse que a autoridade monetária fará tudo o que puder “para atingir nossas metas de emprego máximo e estabilidade de preços”.
Por fim, ele disse estar “confiante de que a inflação está em trajetória de queda, embora mais lenta”.
Questionado sobre qual será o grande desafio para a economia norte-americana no ano que vem, ele disse estar “bastante confiante”.
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