A General Motors (GM) inicia, nesta terça-feira (5), um PDV (Programa de Demissão Voluntária) com a meta de desligar cerca de 1.200 funcionários das três fábricas da empresa em São Paulo. A proposta para a demissão em massa vem depois que uma decisão da Justiça do Trabalho proibiu que a companhia desligasse um número parecido de funcionários, no fim de outubro.
Aprovado na sexta-feira (1º), o PDV foi negociado com os sindicatos das três fábricas da GM. Os funcionários podem entrar no programa até o dia 12 de dezembro, e a proposta reúne uma série de benefícios, além das verbas rescisórias previstas em lei.
Em novembro, os trabalhadores das três fábricas da GM fizeram greve de 17 dias. A paralisação se estendeu até a montadora aceitar pagar os dias parados e licença remunerada para aqueles que tinham sido demitidos.
A meta da General Motors, como revela o site UOL, é desligar cerca de 840 dos 4.000 trabalhadores em São José dos Campos; 290 de 4.300 funcionários em São Caetano do Sul; e 95 de 480 empregados em Mogi das Cruzes, que fabrica autopeças e componentes de reposição.
Segundo Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, onde atualmente são fabricados os modelos Chevrolet S10 e Trailblazer, as condições do PDV são as mesmas para as três fábricas.
Podem participar do programa tanto os funcionários cuja demissão foi suspensa – e hoje estão em licença remunerada – quanto os trabalhadores que estão em atividade.
As condições oferecidas pela GM são as seguintes:
- Seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6.000 para trabalhadores que tenham de um a seis anos de empresa;
- Cinco meses de salário, um Chevrolet Onix Hatch LS ou R$ 85 mil e plano médico por seis meses ou R$ 12 mil para trabalhadores que tenham sete anos ou mais de empresa;
- Estabilidade no emprego até 3 de maio de 2024 para quem não aderir ao PDV;
- Para cada adesão de trabalhador ativo na fábrica, haverá retorno de outro trabalhador em licença remunerada;
- Compensação de 50% até 30 de junho de 2024, de acordo com a necessidade de produção, em relação aos dias parados durante a greve.
O que diz a GM?
A GM afirma que as demissões são necessárias devido à queda nas vendas e nas exportações de veículos.
Em nota enviada ao UOL, a empresa acrescenta que “os empregados da General Motors das fábricas de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes aceitaram a proposta da empresa de um programa de desligamento voluntário, após assembleias realizadas pelos sindicatos dos metalúrgicos das respectivas unidades”.
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