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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elogiou a chamada “arquitetura” do arcabouço fiscal, conjunto de regras e normas que orientam a política fiscal do governo, mas admitiu que os parâmetros desse mecanismo podem ser alterados no futuro se as circunstâncias forem alteradas.
“Quando você fala que tem de mudar tudo ou não tem de mudar nada, confunde um pouco o debate. Do ponto de vista da arquitetura, que é regra de gasto e meta de primário, eu acho que o arcabouço funciona. Ah, mas qual a meta de primário? Qual o parâmetro de gasto? Isso você pode ajustar, não vai estar ferindo o princípio geral. Um problema é de arquitetura, outro, de engenharia”, afirmou.
Haddad participou do evento “Rumos 2025”, realizado pelo jornal Valor Econômico, em que políticos, economistas e especialistas em geopolítica e clima discutem os caminhos para o desenvolvimento do Brasil. O seminário ocorre no Hotel Rosewood, em São Paulo.
Dólar subiu depois que imprensa distorceu fala do ministro sobre arcabouço fiscal
Após as declarações do ministro, o dólar subiu, chegando a superar os 0,7% de avanço da abertura, mas diminuiu o ímpeto após Haddad ir à rede social X explicar suas declarações.
A postagem foi feita pouco após serem veiculadas notícias de que o ministro estaria confortável com o funcionamento do arcabouço fiscal, mas que seria necessário promover um “ajuste na máquina” para que o sistema se mantenha efetivo.
“Estão tentando distorcer o que falei agora em um evento do Valor. Disse que gosto da arquitetura do arcabouço fiscal. Que estou confortável com os seus atuais parâmetros. E que defendo reforçá-los com medidas como as do ano passado. Para o futuro, disse que os parâmetros podem até mudar, se as circunstâncias mudarem, mas defendo o cumprimento das metas que foram estabelecidas pelo atual governo”, postou Haddad na rede social X, antigo Twitter.
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