Ibovespa cai 1,31% com temor global; dólar avança 1,30% e chega a R$ 5,91

A segunda-feira (7) começou muito tumultuada no mercado internacional, ainda sob os ecos da guerra tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o mundo. Não poderia ser diferente com o Ibovespa, que encerrou o pregão com queda de 1,31%, aos 125.588,09 pontos, uma perda de 1.667,91 pontos.

O dólar à vista (USBRL), por sua vez, encerrou as negociações a R$ 5,9106, com avanço de 1,30% sobre o real.

No noticiário internacional, Trump subiu o tom contra a China, após o governo chinês ter anunciado tarifa de 34% a partir do dia 9 de abril sobre as importações dos EUA. Em resposta, o republicano ameaçou hoje sobretaxar os produtos chineses em 50% ante tarifa de 34% previamente anunciada.

As ameaças não pararam por aí. Em seu perfil na Truth Social, ele disse que “além disso, todas as negociações com a China referentes às reuniões solicitadas por eles conosco serão encerradas! As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a ocorrer imediatamente”.

No âmbito corporativo, pelo terceiro dia consecutivo, as petroleiras operaram entre as maiores quedas do Ibovespa. Em destaque, a Petrobras (PETR3;PETR4), um dos pesos-pesados do indicador, foi o papel mais negociado no mercado acionário doméstico e encerrou com queda de mais de 3%. Todas as petroleiras estão acompanhando a queda do petróleo no mercado internacional repercutindo os temores dos impactos da guerra comercial sobre a economia global.

Ainda entre os pesos-pesados, a Vale (VALE3) também fechou em forte queda na esteira do minério de ferro. O contrato mais líquido da commodity, para setembro, encerrou a sessão com recuo de 3,29%, a 720 yuans (US$ 98,86) na Bolsa de Dalian, na China.

Durante participação no ICL Notícias 1ª edição desta segunda-feira, o economista e fundador do ICL (Instituto Conhecimento Liberta), Eduardo Moreira, disse acreditar que as próximas semanas serão complicadas para o mercado financeiro global.

Mercado externo

As bolsas de Wall Street encerraram o dia sem direção única, com os investidores também repercutindo a guerra comercial. A possibilidade de recessão da economia norte-americana tem assustado os investidores, que seguem deixando suas posições. Porém, o fim do pregão foi menos desastroso que o início.

O Dow Jones caiu 0,91%, aos 37.965,60 pontos; o S&P 500, -0,23%, aos 5.062,25 pontos; e o Nasdaq, +0,10%, aos 15.603,26 pontos.