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Ibovespa emenda 5º ganho e sobe 0,51%, a 108,7 mil pontos, com foco na China

Impulso inicial para a alta das bolsas veio da China, com a sensação de que as cidades tenham restrições menores em relação à Covid já nas próximas semanas
17/05/2022 | 21h13

Na mesma direção do exterior desde a manhã e com influência da situação na China, o Ibovespa emendou o quinto ganho, estendendo a sua melhor série desde meados de março, ainda que não tenha conseguido sustentar o nível de 109 mil pontos, não visto em fechamento desde 28 de abril. No melhor momento desta terça-feira (17), a referência da B3 foi aos 109.773,99 pontos, com mínima a 108.244,60, praticamente correspondente à abertura, aos 108.246,23 pontos. Ao fim, o Ibovespa mostrava alta de 0,51%, aos 108.789,33 pontos.

Na semana, sobe 1,74% e, no mês, 0,85% – no ano, o avanço está em 3,78%. O giro foi a R$ 32,6 bilhões na sessão.

À tarde, a atenção do mercado esteve voltada às declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que reiterou a indicação de que o BC americano tende a optar pela manutenção de aumento de 0,50 ponto porcentual na taxa de juros de referência dos Estados Unidos, embora o ritmo de ajuste possa vir a se acentuar caso a inflação não desacelere. Ainda assim, a opção preferencial parece ser a do ajuste de meio ponto, que conta com “amplo apoio” no comitê de política monetária do Fed, apontou Powell durante participação em evento promovido por The Wall Street Journal.

Notícias da China impulsionam alta das bolsas

Mas o impulso inicial para a alta das bolsas veio da China, com a sensação de que as cidades tenham restrições menores em relação à Covid já nas próximas semanas, em junho. Tal afrouxamento tende a melhorar o viés para a atividade econômica no país, que vinha passando por constantes revisões, para baixo.

Por aqui, houve a leitura, abaixo do esperado, para o IGP-10, divulgada pela manhã, com deflação dos preços agro, em arrefecimento no intervalo, e as contas de luz também contribuindo para o desempenho do índice – em alta de 0,10% em maio, comparado a 2,48% em abril e mediana de expectativas a 0,22% para o mês.

O desempenho do Ibovespa não foi melhor na sessão – bem abaixo do observado em Nova York -, tendo se enfraquecido ao longo da tarde em razão do ajuste nas ações de commodities, especialmente Vale ON (-0,42%), que veio de ganho na segunda-feira de 3%.

Com o ajuste visto no petróleo Brent, de US$ 114 na segunda-feira para a casa de US$ 111 nesta terça, agora abaixo do WTI (US$ 112), Petrobras também teve desempenho negativo na sessão, em meio aos ruídos persistentes sobre o comando da estatal, sob ataque contínuo do presidente Jair Bolsonaro em razão da política de preço dos combustíveis.

Nesta terça, Petrobras ON e PN fecharam respectivamente em leve alta de 0,08% e em baixa de 1,30%. Por outro lado, os grandes bancos tiveram desempenho positivo, com destaque para BB ON (+2,85%) e Bradesco PN (+2,05%), assim como a maioria das ações de siderurgia, com destaque para CSN (ON +1,74%).

Na ponta do Ibovespa, Locaweb fechou em alta de 11,15%, Cogna, de 5,86%, e Ecorodovias, de 5,10%. Na face oposta, Hapvida (-16,84%), Magazine Luiza (-11,46%) e IRB (-7,89%).

Com informações do Estadão Conteúdo

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